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A mostrar mensagens de abril, 2008

DELÍRIOS CURTOS (VII)

Não... Não é verdade que seja só coincidência Mas tentei e fiz-te poema Mesmo na tua ausência Sim... Não é mentira Que não escrevo e perco as linhas E que a minha mão transpira Foto: U - paulo viana ( olhares.aeiou.pt )

ALÉM-MAR

Escrevo porque não tenho nada para escrever Nem nada para dizer além do que tenho dito Escrevo nas nuvens um nome de além-mar Num poema de amor tamanho do infinito Escrevo sem comprometimento ou aventura Sem a vaidade dos tempos vazios Escrevo nas nuvens um nome de além-mar Com os olhos no meu norte e sem desvios Escrevo com os olhos e com os dedos Descrevo e imagino além-mar um corpo e alma E a minha tinta é essa lágrima de amor Que em versos e reversos me desalma Foto: Derramava-te o Sol - J. PEDRO MARTINS (olhares.aeiou.pt)

DELÍRIOS CURTOS (VI)

Sei que é difícil de entender Que o meu é um pensamento diferente Roça até o delirante? Mas meus versos são gémeos Do que a verdade quer dizer E as minhas construções são em cada momento O reflexo do meu pensamento Foto: The fighter - Nuno Ramos (olhares.aeiou.pt)

ALÉM DO OCASO

Para lá de onde se põe o Sol Nessa morada de paixões Onde as montanhas púrpuras mentem ao viajante Onde moram tesouros por desvendar E flores por desabrochar Onde até a chuva é cintilante Para além do ocaso Espera alguém por ti Que desespera de esperar Cabelo sabor de chocolate Pele cor de areia morena Vestido transparente escarlate Onde o amor te condena Mora onde o mundo é pacífico Como um paraíso deve ser Onde a cor da lua te envenena É para lá do pôr-do-sol Onde podes viver e morrer Foto: floral - Rafael ( olhares.aeiou.pt )

DELÍRIOS CURTOS (V)

E se como por simples magia Acordasse eu na luz do teu dia E fizesses das minhas lágrimas de alegria A água com que lavas a face Isso seria apenas magia? Ou é assim só na poesia? Foto: s/t - Miguel Santos ( olhares.aeiou.pt )

ÍMPETOS

Ímpeto leitura de um corpo e de uma brisa Onde se encontra o que se perdeu Escuto a tua respiração no ar que desliza No filme cómico dos gestos que traço Irrompe completo e terno teu braço E no teu olhar fixado no meu Fica teu nome mais perto do céu Fica teu rosto mais perto do meu Ímpeto voz de uma princesa em seu castelo Defendendo suas ameias ao luar Escuto sereno os teus gritos aflitos Escuto na minha voz os teus gritos Irrompe completa a minha espada Sangue, suor, suor e lágrima E no teu rosto a verdade cravada Quando a minha adaga se aproxima Foto: PRINCESS - Paulo Madeira - www.paulomadeira.net ( olhares.aeiou.pt )

AS FOLHAS DO MEU LIVRO

Sentir as folhas A cada folhear Rasgar teu corpo Em cada olhar Sentir na pele o sonho Ver e comentar Esperar o fim Para me encontrar Busco a página Onde acontece tudo Onde a menina Busca o seu rumo Numa folha de cartolina E não uma folha Ou um simples resumo Sentir as folhas A cada folhear Rasgar teu corpo Em cada olhar Assim a ver soletrar As palavras uma a uma Fico deliciosamente E tranquilamente Por coisa nenhuma A vê-la ler devagar Essa história de princesa De amar e ser amado Sem final rebuscado Ou encontro acidental Mas beijando cada folha Num beijo bem real Sentir as folhas A cada folhear Rasgar teu corpo Em cada olhar Sentir na pele o sonho Ver e comentar Esperar o fim Para me encontrar Foto: Tic Tac - Ana Paula Sousa ( olhares.aeiou.pt )

SIMPLESMENTE AMAR VOCÊ

O que alcanço da minha fresta de janela Nem perguntas o quê? Vem daí, sai dessa cela Percebe e alcança Esse cheirinho de África e canela E entra comigo na dança Se estou feliz assim Só tu sabes porquê Como diz na música do Jobim É porque posso ser a consequência De simplesmente amar você Foto: Enigma - Graça Loureiro ( olhares.aeiou.pt )

ESSA TAL LIBERDADE

Ai Portugal, Portugal Quando querias ser livre O destino não esperou por ti Quando querias a verdade Não tiveste liberdade Cresceste, é verdade Mas muito pouco para a idade

VOLTINHAS

Pedala, pedala Salta menina Cuidado com o cão Ao virar da esquina Pedala, pedala Canta e dança Roda a saia Enrola a trança Pedala, pedala Chama esse nome Suja os lábios No gelado que comes Pedala, pedala De noite e de dia Enche de ar Essa roda vazia Pedala, pedala Passa por mim Pedala, pedala Queria conseguir Pedalar assim Passa por mim O vento que fala Pedala, pedala Mas teu nome Me abala Foto: Innuendo - avalon (www.paulofranco.eu) ( olhares.aeiou.pt )

CONFIDÊNCIAS AO LUAR

É nesse teu prado grávido de esperanças Que semeio e colho as minhas lembranças És mesmo isso... O formigueiro que sinto nos dedos A confidente do vento que pare os segredos A minha pária das horas dos dias Parceira musa de noites de enredos Figura onírica deleite dos olhos Branca alva de vestido aos folhos Cabelos ao vento, o sonho da lua Oásis figurativo o teu caminhar Olhos no horizonte O destino defronte Um beijo roubado à luz do luar E o teu amor do outro lado do mar Foto: Parto - María de Mar ( olhares.aeiou.pt )

DELÍRIOS CURTOS (IV)

Pensei toda a noite deixar aqui a minha alma Perder esta capa misteriosa de calma E viver esta vida a correr até ser dia Pensei toda a noite nas tuas palavras despidas Nas frases repetidas que gostas de dizer Pensei toda a noite nas asas daquela gaivota Que pode voar e estar aí ao amanhecer Pensei toda a noite em ser dia Pensei e repensei neste dilema De como estar e ficar desse lado do teu poema

CANTOS ILUMINADOS

E foi num poema colorido que divaguei pelas ondas da poesia E pintei cantos iluminados no escuro e vi lábios cor-de-rosas E numa alucinação confessa pensei ter partido esse muro E foi abandonando a fantasia que o real me abordou Adornou esse encantamento e deixou-me sem ar e sem jeito E em apneias de espanto e em jogos de enredos Abri o peito às balas. Quebrou o encanto? Deixei sangrar os segredos e aqui estou forte e ferido Real e delirante, repousando e ofegante Dominando com a pena o espanto e o canto Que com a minha poesia foi concebido Foto: Quantum teleportation - ®gonçalves ( olhares.aeiou.pt )

ESSA ESTANTE DE ENCANTOS

Entre ir e vir Da minha estante de encantos Não sei… Talvez quisesse despir-te a alma Duplicar-te com os olhos Olhar-te deliciado com o pensamento Beber esse néctar ao relento Talvez pensasse no teu perfume Colhido no alvor da manhã Talvez fumegasse em mim um castiçal de lume E me apetecesse subir ao cume E gritar baixinho… Olho-te a todo o instante Vejo-te bailarina nos meus dedos Confidente dos meus segredos Talvez eu esteja aí Despido de nudez à tua cabeceira Explorando com os olhos A colina e a ladeira Talvez entre ir e vir Fossem precisos dias e noites duplicados Invernos secos e Verões molhados Primaveras sem flores e Outonos em Maio E mesmo assim talvez Não chegasse outra vida Para te conhecer outra vez Foto: s/t - José Lopes ( olhares.aeiou.pt )

é SÓ uma palavra?

Só é somente uma palavra escondida na capa da incerteza Dentro dos sentidos onde não se pode só tocar Só pode estar nas lágrimas que só escorrem da tua beleza Só pode estar no silêncio das tristezas que não podes falar Pode ser só uma palavra da vastidão das palavras Pode ser uma frase só que balbucias ao acordar Só pode ser o cereal e o adubo das tuas lavras Só pode ser só o que tu queres para poderes amar Foto: . - Nuno Estrela ( olhares.aeiou.pt )

RIOS

Há um rio pleno de sonhos debaixo da rua da minha casa Há um rio pleno de sonhos numa cidade onde nunca fiquei Há um sonho pleno de rios onde o mar se atrasa Há um mar pleno de sonhos que no rio deixei Há um rio pleno de sonhos a quem chamo meu irmão Há um rio pleno de sonhos onde afogo a tristeza Há um rio debaixo dos meus pés, abaixo do meu chão Há um rio pleno de sonhos por quem o mar reza Foto: Curvas - José António Almeida Calvinho ( olhares.aeiou.pt )

CONFUSÃO DOS MEDOS

O medo não consiste no medo do que temo A verdade é que ele é uma coisa assustadora a temer Mas o medo de temer é esmagador e tremo Sobretudo quando a sua forma é de morrer O medo parece-se com a perda da sombra de uma árvore num dia de sol Ou com um mergulho às escuras no fundo do mar Temo este medo de temer esses medos Mas é este medo que é soma e parcela de amar E o medo de amar e ser amado E o medo de amar e ser deixado É contrariado pelo medo de não temer algo O medo é mesmo um vaso vazio, barulhento e privado Não temo a morte nem temo a vida Mas temo o medo do conjunto do par Se pudesse lançar um medo que temo Seria apenas o medo de temer amar Foto: pushing.........into the ( vanity ) ball - fêbê ( olhares.aeiou.pt )

AQUI, A TEU LADO

Vou estar por aqui Nos lugares do costume Ao teu lado jogando contigo Conversas mansas do tempo que passa No nosso porto e abrigo Quando secam as palavras rego-as Com um beijo molhado E vejo-me escoar a teu lado Caminhado nesse passo marcado Sabes… Nos bons e maus momentos Vencerão os bons de certeza E na planta que nascer Um amor pura beleza Foto: . - Nuno Estrela ( olhares.aeiou.pt )

DELÍRIOS CURTOS (III)

Leio, releio e interpreto Tua ordem, teu decreto Tuas escritas e mensagens Tuas sombras nas imagens Entre o livro do teu corpo e o meu Quando um beijo se dilui no teu Há uma imensidão de luar Que se apaga ao acordar Foto: Tentação... - Luís Gonzaga Batista ( olhares.aeiou.pt )

LUGAR À BEIRA DE UM RIO

Não me vou incomodar Com o que acredito ser ou parecer Sou teu barco, forma de caravela Sou tua velha sombra de Alcácer Só me resta tudo o que queria Nada do que tenho me resta inteiro Como cheguei não interessa Na tua manhã de nevoeiro Esperavas à luz das tuas velas E eu à luz das minhas navegava Pelo peito de prata dos mares Que a tua manhã anunciava Em teu lugar à beira de um rio Repleto de ar e vazio de gentes Espera em ti uma nação inteira Na súbita mudança que te ofereço E no vento que o teu mar me oferece Não me cansa tua voz que me chama Ao leito que meu corpo merece Foto: Manhã submersa - Rui Bonito ( olhares.aeiou.pt )

CANCÕES DE MAR E DE TI

Deitas teu peito de prata À sombra do luar dos meus olhos Ondulas teu corpo fumegante Em ondas e marés Colhes no meu corpo meus restos De seara e restolho Descansas teu esforço e respirar Na pausa do meu convés Queria ser teu astrolábio Levar-te para onde for Ser teu norte e tua estrela Sugar o teu amor Ser teu pássaro e tua árvore E ainda tua raiz Ser teu beija-flor Voar sem fim no teu país Andar pelas nuvens feliz Gritar teu nome já E andar perdido por aí Nadar contigo nessa praia E deixar-me levar Perder o fôlego E voltar a respirar Ir ao fundo de ti Como vou ao fundo do mar Na pausa do meu convés Queria ser teu astrolábio Levar-te para onde for Ser teu norte e tua estrela Sugar o teu amor Foto: Caminhos - Isabel Gomes da Silva ( olhares.aeiou.pt )

CONFISSÕES DE VIAGEM

Não. Claramente não. Por mais que queiras não consegues separar-me dos teus dias. Vi-te ontem quando cruzava os horizontes da minha passagem, quando cruzava montanhas e saudades tamanhas. Vi-te armada de tuas bagagens á beira da estrada como se esperasses as minhas viagens. Cheirei inebriado as rosas do teu cabelo e desfiei o teu novelo de razões na minha teia de emoções. Confesso… Chorei… Mas ri do meu choro e ouvi nas minhas lágrimas o nosso riso em coro Foto: Dary - Marcio Freitas ( olhares.aeiou.pt )

VIDA ORDINÁRIA

Li hoje nas tábuas do banco do teu jardim Que a nossa vida é ordinária e fútil Vida ordinária, dias ordinários Terra de ordinário capim Um concerto ordinário, conversa pouco útil De pessoas e objectos bruscamente esboços Solos de origem ordinária Numa terra inútil de esforços Que cobre o planeta vulcânico Como um sobretudo lançado sobre o oceano Num universo diluviano Os cinemas escuros almejam a luz As florestas respiram febrilmente As nuvens cantam quietamente Os pássaros rezam pela chuva Desejos e acontecimentos vários São apenas e só Desejos de vida ordinários Foto: Corpos Btwin - Miguel Afonso ( olhares.aeiou.pt )

ENSAIOS DOS DIAS

Corres como os meus dias, clara com a água És a minha verdade, meu testemunho Meu verso da mocidade Como pena levada pelo vento Desafias os poderes da tempestade Uma verdade de tristeza e desejo Ergues teu punho E gritas saudade Gostava que me lesses um poema Que me deixasses olhar-te quando te olhas ao espelho Enquanto ensaias num beijo de cinema Um poema melodia da tua voz Com versos tensos de música marcial Suave como a chuva das nuvens de Verão Ou triste como as minhas lágrimas de partida Que em noites nuas de tranquilidade Caiem silenciosamente às escondidas Foto: Escalada - Renato Santos ( olhares.aeiou.pt )

DELÍRIOS CURTOS (II)

p orque tarda tanto o teu amanhã? porque te sonho? porque és dos meus sonos a guardiã? porque me oponho? porque existe este rodar de universo? porque existe um dia inverso? porquê essa linha de sul e norte? porquê essa sorte? Foto: A protagonista - C Serra ( olhares.aeiou.pt )

DEMORA

U so somente poucas palavras Neste verso ao feito ao relento Podem faltar para dizer amar E acordar na lua cheia do esquecimento Sou verde agora Sigo a morte diária súbita do sol Sigo a rajada incontável da minha veia Não perco por nada esta demora Foto: Maresias... #21 - Tiago Canhoto ( olhares.aeiou.pt )

O TAMANHO DO MUNDO

O mundo é demasiado grande para nós dois Reduz a pó os nossos poderes Entregamos-lhe os nossos corações, um benefício sórdido! Pobres de nós, indefesos seres Neste fado mar que desnuda o peito à lua É dele o nosso amor e tudo Nessa nau que nele flutua Os ventos que uivam em todas as horas E as velas adormecidas Que no chão a cera choram Como um pagão que amamenta um credo gasto Neste navegar perdemos o norte e o rasto Podia eu, estando neste prado agradável Procurar a tua presença E vislumbrar o que me faria menos gasto? Foto: Going Up - Graça Loureiro ( olhares.aeiou.pt )

DELÍRIOS CURTOS (I)

T ua pele manto suave das minhas bravuras Âncora leve das minhas loucuras Teu cheiro farol do meu olfacto Olhos cerrados delírio do meu tacto Tua voz sibilada a minha melodia Teu sorriso a luz do meu dia Foto: Chave da adega - Rui Choupeiro ( olhares.aeiou.pt )

LABIRINTOS

E foi assim que aconteceu… Na era das flores e dos campos do meu ciclo vital Encontrei a conjugação certa e determinada Do verbo silencioso da razão normal Dos predicados do coração Sim… ou talvez não Foi nesta idade que chegou a poesia Desafiou-me no meu labirinto Intimou-me com a sua beleza Brincou com a minha fraqueza Tocou-me ao de leve na mão Não sei de onde veio Se veio do meus invernos Ou dos rios onde banho os meus pés Não sabia o que responder Os nomes ou as palavras que devia dizer O que devia olhar ou quando devia desmaiar Quando as linhas eram ténues e fracas Quando as palavras tocavam a razão e não o coração Quando era vã e crua a decifração Mas a minha boca não tinha outro caminho E eu, ser infinitésimo Bebido pelos mistérios Que me sentia uma parte pura do abismo Tímido ao milésimo Olhei nos teus olhos, poesia E de repente se fez dia Foto: Walk to you - Marcos Sobral ( olhares.aeiou.pt )

SOU A PAUSA E O MOVIMENTO

F ico balançando entre o ir e o ficar Meu movimento espalha-se, imóvel estátua Não quero conhecer desta doença a causa Fico ou vou, vivo a minha pausa Imerso nesta sombra, calor de frágua Papel, caneta, livros, lápis, horizontes Descanso à sombra dos seus nomes Enquanto a luz da minha janela pulsa Barcos, marés, espaços, ar, terra e pontes Na minha própria transparência Leio a minha sílaba invariável que sangra Qual cena de teatro espectral de essência De colar de única e negra missanga Observo-me no meu espaço E o meu momento espalha-se, imóvel Na ligeireza de um traço Numa cena de teatro confusa de medos Não revelo os meus segredos Fico ou vou? Sou a pausa

AS MINHAS DESCULPAS

A s minhas desculpas Porque não posso estar em todo o lugar nos mesmos tempos Por ser homem de imensos contratempos De viver neste mundo a esta hora Por abrir a tua caixa de Pandora De não saber dançar a tua dança Por este jeito inocente de criança Por existir assim simplesmente Por esculpir teu corpo na minha mente Pelas minhas lágrimas salgadas Por sentir as madrugadas Às árvores que morreram para que esta folha nascesse A quem fez com que este poema se fizesse Às grandes perguntas com pequenas respostas A quem gastou em mim uma aposta Por verter neste escrito uma ideia pateta A quem acha que sou poeta Foto: Awaken (VI-1º Contacto) - Jet... ( olhares.aeiou.pt )

MY DREAM OF WIND

B ecause you aren´t only a wind in my tree You are the tree I have to catch I like to think this is true That keeps me alive and free Ready to love someone like you Love you so much like I do Because you aren´t the voice of my song You are the song of my voice I like to think this is true That keeps me dancing with no choice Ready to walk in the night Ready to dance all night long Because you are the woman in my dream And you are simply a dream of woman I like to think this is true I like to think my sky is blue Is true and you know what I mean Because you aren´t only a wind in my tree You are the tree I have to catch I like to think this is true That keeps me alive and free Ready to love someone like you Love you so much like I do Because you are the woman in my dream And you are a dream of woman I like to think this is true I like to think my sky is blue I like to think this is true Foto: ... human... - Ricardo Costa TattooDevil ( olhares.aeiou.pt )

POEMA DO UNIVERSO

N a praia à noite sozinha embala a tempestade Como uma mãe que agita no seu colo Para cá e para lá o canto da sua canção de verdade Soneto do mundo, o seu protocolo E canta para o seu rebento esta canção Todas as esferas, cultivadas, não cultivadas, pequenas, grandes, sol, luas, planetas Todas as distâncias de tempo, todas as formas inanimadas Todas as almas, todos os corpos vivos, as borboletas Todos os processos gasosos, aquosos, vegetais, minerais, os peixes Todas as nações, cores, barbaridades, civilizações, a língua Todos os escuros, os claros, as luzes e os feixes Toda a identidade que existiu ou pode existir neste globo à míngua Todas as vidas e mortes, todo o passado, o presente e o futuro Todas as venturas, aventuras e desventuras De um universo sempre prematuro Foto: Brilha como o sol - João Viegas ( olhares.aeiou.pt )