Avançar para o conteúdo principal

LUGAR À BEIRA DE UM RIO


Não me vou incomodar
Com o que acredito ser ou parecer
Sou teu barco, forma de caravela
Sou tua velha sombra de Alcácer

Só me resta tudo o que queria
Nada do que tenho me resta inteiro
Como cheguei não interessa
Na tua manhã de nevoeiro

Esperavas à luz das tuas velas
E eu à luz das minhas navegava
Pelo peito de prata dos mares
Que a tua manhã anunciava

Em teu lugar à beira de um rio
Repleto de ar e vazio de gentes
Espera em ti uma nação inteira
Na súbita mudança que te ofereço
E no vento que o teu mar me oferece
Não me cansa tua voz que me chama
Ao leito que meu corpo merece

Foto: Manhã submersa - Rui Bonito (olhares.aeiou.pt)

Comentários

Mensagens populares deste blogue

MIA ROSE - QUALQUER COISA

Da tua boca o meu poema (Fado)

Quando um dia me cansar de cantar Os versos que em tua luz me iluminaram Hei-de cantar com toda força As frases e as vozes que na vida me falaram Hei-de cantar com toda força As frases e as vozes que na vida me falaram Calei-me tantas vezes perante a vida Que ela me julgou um malfadado Foram só os versos que me fizeram Senhor e pobre escravo do fado Foram só os versos que me fizeram Senhor e pobre escravo do fado Fiz das rimas a minha canção De ser tua inspiração o meu lema Fiz dos teus olhos a inspiração Da tua boca o meu poema Fiz dos teus olhos a inspiração Da tua boca o meu poema Agora quando canto, canto fado Canto os teus olhos e a tua boca Mesmo que o oiças mal cantado È verdade o que ouves, não estás louca Mesmo que o oiças mal cantado È verdade o que ouves, não estás louca

Natal das ideias

Era já Natal nas ideias Mas inverno nas cabeças Carecas, pouco cheias Era bonita a festa Luminosa O Natal das pessoas Ou o que delas resta Há pouco para querer E muito Natal para poder Ser Natal E gritar bem alto o refrão Natal não é hoje Como todos os dias é verão * Foto João Carvalho ( http://saltapocinha.wordpress.com/)