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A mostrar mensagens de dezembro, 2007

LARGOS CAMPOS SÃO O NOSSO DESTINO

Adormecidos nos largos campos do nosso destino Um mundo guardado por silenciosas asas que sussurram E num rasgo de luz dourada pelo divino Protege a nossa impossibilidade perfeita E nos horizontes que brevemente murmuram Um esplendor fechado investiga os nossos olhos sonhadores Esperamos que a nossa fantasia seja a eleita Sonhamos nossos esplendores Carregados de idades orgulhosas e fados magníficos A beleza da nossa alma escura é amorosa Somos os herdeiros de uma largura infinita Reflectida na flor e nos espinhos de uma rosa Mas estreitada pela nossa desdita O impossível é a insinuação do que será A mais pura mistura da verdade Nossa vida é e será sempre A porta da nossa imortalidade. Foto: Good Morning Sunshine - Marcos Sobral (olhares.aeiou.pt)

ANO NOVO...VIDAS VELHAS

Ano Novo... Vidas Velhas Com eles pintamos nossa vida Em sumidas aguarelas E nesse quadro pintado em nós Na alegria de uma ilusão Vivemos cada vez mais Perto da nossa foz Na esperança do grão vindouro Procuramos num breve serão O mapa do nosso tesouro E atrás dessa noite final Igual a tantas outras Esperamos que tudo mude E tudo fica Tristemente igual... Foto: Boas festas! -Waldson Dias (olhares.aeiou.pt)

TECER A VIDA

Quando a nossa vida É tecida no tear do tempo Alvora a eternidade E em laçadas de fios de prata Um olho hábil Constrói a nossa figura social E nossos sonhos em cascata Surgem tecidos em tom natural Numa bitonalidade Entre o amor e o ódio Entre os tons cinzentos ou coloridos De um breve episódio Numa alegre ou triste remexida Desse breve tempo A que chamamos vida. Foto: s/título - simão pereira de magalhães (olhares.aeiou.pt)

The Christmas Song - Nat King Cole

Com todos os Amigos da Vida das Palavras, partilho este belo momento agradecendo a todos a amabilidade e a gentileza de serem visitantes assíduos (alguns diários) e de terem contríbuido para tornar este espaço um dos projectos mais gratificantes que vivi até hoje. A todos um Feliz Natal e um Ano de 2008 cheio de sucessos pessoais e profissionais e com muita saúde fisíca e mental. BEIJOS E ABRAÇOS Raul Cordeiro (A Vida das Palavras)

AS VONTADES DOS VENTOS

Canções e melodias… São silenciosos ruídos do coração Em parte profecias, em parte fantasias Loucas e selvagens rimas em vão Bela a música e a entoação E o ritmo fino e atroz De um amor em exaltação Não esqueço os anos que passam velozes Por mim a correr à pressa Como relógios ferozes Atrasados na vã promessa Da minha vontade e destino A minha vontade de menino São as vontades dos ventos E os pensamentos da juventude São apenas pensamentos. Foto: Rumo certo - Bigmac (olhares.aeiou.pt)

O CALOR DA TUA ARAGEM

À beira do teu mar revolto Vejo o mundo num grão de areia E o céu no gineceu de uma flor selvagem No teu enleio envolto E no teu corpo de sereia Danço para dentro quando sinto por perto O calor da tua aragem Mantenho a infinidade do tempo Na palma da minha mão À espera da tua eternidade E num triste contratempo Olhas-me e dizes-me que não Mesmo que seja só um sonho de mar Não posso escutar essa verdade. Foto: Coming Back To Life -grENDel (olhares.aeiou.pt)

OLHA PARA ESTE DIA COM OS TEUS OLHOS

Olha para este dia com os teus olhos O esplendor da realização É só uma breve experiência do tempo O amanhã uma eterna visão O ontem um sonho de felicidade Que se perdeu no coração Que se perdeu na nossa vontade Olha para este dia com os teus olhos Esses olhos cor de esperança Raiados de sol e lua Alimenta neles a nossa lembrança E nessa luz que te apazigua Esquece que o tempo que faz a temperança E vem comigo até ao futuro Foto: "Fly With my Eyes" - Guilherme Santos (olhares.aeiou.pt)

O OUTRO NATAL

Escondo-me dentro da flor do advento Daquela que uso no meu peito Oiço nesta festa o lamento e a ilusão Descritos pelo Homem De um mundo quase perfeito Uma flor desbotada pelas suas mãos Quase seca e murcha pela solidão Que esquecem todos os dias De forma inconsciente Aqueles a quem dar a mão Chamam-lhe Natal para ser diferente Para o segregar do resto do tempo Esquecendo a tristeza eterna de muitos Como se a vida fosse para nós Um alegre passatempo São poucos os dias de consciência Para um mundo tão cruel E esperando que não levem a mal A minha modesta opinião Precisamos de um outro Natal. Foto: FELIZ NATAL!!!!!!!!!!!... - Marcelo Andrade® (olhares.aeiou.pt)

TENHO PRESSA...

Penso o tempo do Amor, e enquanto penso, O amor é para mim um mundo A única carne e a bebida mais doce E vivo como se assim fosse À deriva como um vagabundo Só sei que é, não como ou porquê, Nem como posso explicar Esta aura que paira no ar E me leva, leve nos teus braços A voar… E quando o tempo finalmente chega De olhar bem fundo em mim Neste amor que te carrega E em todos os fardos desta vida A vida parece tão comprida No tempo que escorrega Que tenho pressa de estar em ti E ser feliz assim… Foto: O Meu Presente - António Carreteiro (olhares.aeiou.pt)

REMINISCÊNCIA

A minha alma renasceu Ao amanhecer nos teus olhos E ouviu e escutou uma voz de um pássaro solitário Uma canção, uma nota, um grito Num compasso de amor binário Inclinei-me para fora da alvorada para ouvir Na minha solidão do mundo alado Carregado de um pensamento de amor Que me fere de tão afiado Ferido e ao abandono em mim Então lembrei-me como e acordei do sono E como são feitos os céus, os oceanos, e tu Como pode ser assim de sonho Um amor expresso num grito nu e cru. Foto: A escada sem corrimão - Mariah (olhares.aeiou.pt )

OS DIAS DA TUA AUSÊNCIA

Os dias de ausência e as noites amargas Brilham na tua estrela que me arruína Na minha desesperança As respostas de agouro não têm um fim E nas tuas asas largas E na tua aura divina Oculto em mim a tua lembrança Quando me tocas com teu corpo de cetim Olho em vão a tua sombra Quando vais e vens Em pós de perlimpimpim Nesse olhar que me assombra É triste, mas sei que não gostas de mim. Foto: Bosque do Lol - Olga (olhares.aeiou.pt)

AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS

Passei por ti… E numa breve e fresca aragem Embrulhada em vento forte Senti o sabor da tua imagem Tentei a minha sorte Nesta poesia feita viagem Procuro o meu norte Passei por ti… Num vendaval de risos e lágrimas Viraste os olhos para o chão Chorei calado as minhas lástimas Amar-te foi desejo em vão E essas lágrimas foram as últimas Que chorei naquele serão. Foto: Je ne regrette rien - Filipa Laranjeira (olhares.aeiou.pt)

VARIAÇÕES EM AMOR MAIOR

No início da pauta a clave de Sol, dá-te o ritmo de um triste Dó Mas as linhas líricas da vida não se preenchem por um só Varias teus tons de amor de vento e maré Em linhas voláteis escreves com amor a nota Ré Em melodias estranhas vibrantes encontras-me aqui No meio da pauta em semibreves perdidas ensaias um tímido Mi Trazida pelo vento essa música de cheiro a hortelã Galga planícies e vales um ritmo vivo em Fá Soa a canto arrastado de um triste rouxinol Essa vibração que trazes escondida no teu Sol A melodia do amor que vives torna-te sua escrivã Na tua voz melodiosa experimentas um alegre Lá Segues essas ondas vibrantes que ecoam perto de ti Vives vibrante um amor tocado em Si E voltas sempre ao mesmo lugar, um lugar cantado em nós Ensaiamos no nosso amor, os nossos Dó s. Foto: A dança é um poema... - Maria José Amorim

CANÇÃO DE ADEUS HOJE E AMANHÃ

Adeus às cores de fogo Escuras como o breu Que se abrem num jogo De azul como o teu céu Adeus aos silêncios quebrados Voando em folhas de Outono Nos teus desejos gelados Cristalizados no abandono Adeus àquela correnteza da minha janela Adeus hoje e amanhã No odor de uma flor amarela Perdes-te como uma estranha Adeus vida fútil e barata Delírio de abstracção Em ti ecoa em cascata A canção que canta no meu coração. Foto: Esqueci-me de viver... - Mariah (olhares.aeiou.pt)

PARTILHA COMIGO O TEU ESPELHO

Ficaria eternamente No teu espelho de água a olhar-te de dentro Numa gota de água que podias desfazer com o dedo E assim partilharias comigo esse teu segredo Guardado na fechadura do teu coração E ao agarrares minha mão Num agarrar suave como a seda Perderias esse medo De deixar de ser ninguém E de amar outro alguém. Foto: Ana - Pedro Cabral (olhares.aeiou.pt)

MINHA ESCRITA DE MEL E FEL

No mundo em que penso que vivo O meu destino fala-me pela manhã Guarda-me nas noites que não adormeço Protege-me das pedras em que tropeço Fala-me ao ouvido uma melodia estranha Chama por mim com belas palavras Doces e fáceis de passar para o papel E num breve instante fulminante Numa orla de papel brilhante Realçam na melodia um breve decibel Meu destino é escrever a vida De palavras de mel e de fel Numa folha transparente ao luar E enquanto houver respirar Fazer da minha pena um pincel. Foto: Deixai os sonhos voar... - António Mateus (olhares.aeiou.pt)

O DESEJO DE INDIFERENÇA

O desejo de indiferença por ti Mata a minha imaginação Quando vens em passos ligeiros E agarras sequiosa a minha mão O desejo do meu pensamento Mata o meu silêncio interior Quando me olhas deslumbrada E fazes renascer a minha dor O desejo de te amar Mata as minhas paixões da vida Quando me queres só para ti E me deixas neste amor Indefeso, sem saída O desejo de ser eu Nesta breve passagem Está viciado pelo desejo De olhar e vibrar sempre Calado, com a tua imagem. Foto: Não me digas... - Deee (olhares.aeiou.pt)

POEMA DOS ENGANOS

Não te deixes enganar por mim Não te deixes enganar pela cara que uso Oculta pela máscara da minha vida A máscara das máscara que temo tirar Para esconder o que é meu É que por trás delas todas Nenhum deles sou eu. O fingimento é a minha segunda arte Por trás de mim Está outro alguém Que não ri nem chora por ninguém Por isso… Não te deixes enganar por mim Pelo meu pensamento obtuso Não te deixes enganar Por esta cara que uso. Foto: Mistério - Maria José Amorim (olhares.aeiou.pt)

DESCULPA-ME

Sinto… Ter feito nascer tua tristeza Despertar a tua fina dor Sei que te fiz sentir mal Desculpa despertar o teu amor Sinto muito por amar-te afinal Desculpa tudo o que fiz Sinto muito por ser quem sou Amar-te foi o que quis Não sei agora O caminho Para onde vou Montado no meu corpo Saborear este amor Que no final Soube a nada e a pouco. Foto: India - Maaria Antónia Bueno (olhares.aeiou.pt)

O MEU DESTINO

O meu destino é sonhar acordado O sonho de quem quero ser O meu destino é viver como quero Viver em liberdade Sem nunca me arrepender O meu destino é amar Um Amor sem vergonha E naquilo que um homem sonha O meu destino é viver Perto da tua fronteira O meu destino é amar-te E ainda que não queira Meu destino é viver Ainda que queira morrer Só porque o meu destino Me faz acontecer. Foto: WANDERER... - Sofy Sá (olhares.aeiou.pt)

VOZES AO VENTO

Palavras de dentro de mim, são as vozes ao vento Os ecos nos teus ouvidos, são as vozes do vento. Tu no meu pensamento, é a minha voz no vento A poesia que escrevo para ti, são como vozes ao vento. As memórias que se apagam, são as vozes e o vento. Contar-te o meu sentimento, é como as vozes no vento. Quando morro assim para ti, vou com as vozes no vento. Foto: O Triste Outono de Tatiana... - Carlos Sillero (olhares.aeiou.pt)

MEUS SONHOS DESBOTADOS

Tenho sonhos desbotados Revendo meus medos guardados Em arcas de esperanças selvagens Assalta-me a minha imaginação Em filmes de tristes imagens Aquelas preocupações mundanas Dos curtos dias de Inverno Ao fundo uma música triste Meus sonhos são um inferno A imaginação divaga assustada Pelos meus sonhos de amor Nalguns golpes e medos Revejo e sinto a minha dor Ao fundo uma luz brilhante Faz doer meu olhar fechado Acreditava no meu fingimento E fingiria estar a sonhar Se não estivesse acordado. Foto: Sonhos desbotados - Raul Cordeiro (olhares.aeiou.pt)