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AS ÚLTIMAS LÁGRIMAS



Passei por ti…
E numa breve e fresca aragem
Embrulhada em vento forte
Senti o sabor da tua imagem
Tentei a minha sorte
Nesta poesia feita viagem
Procuro o meu norte
Passei por ti…
Num vendaval de risos e lágrimas
Viraste os olhos para o chão
Chorei calado as minhas lástimas
Amar-te foi desejo em vão
E essas lágrimas foram as últimas
Que chorei naquele serão.

Foto: Je ne regrette rien - Filipa Laranjeira (olhares.aeiou.pt)

Comentários

Lindo poema, triste, mas lindo.
Seu cantinho me inspira, é tudo muito bonito!
Beijos.
Lúcia Machado disse…
Raul, este teu poema está lindíssimo :)

Podia ter sido escrito por mim...
Sim...revejo-me nestas palavras


Adorei...
Anónimo disse…
lindo...
não podia deixar de comentar este poema...

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VERSO E REVERSO

Se eu fosse um verso Seria com certeza um verso do inverso Escrito de trás prá frente Ou visto á lupa e á lente Se eu fosse um verso Teria que ter uma poesia para nadar Uma frase para rimar Um texto, um mar pra navegar Se eu fosse um verso Podia rimar com várias poesias Uma nova todos os dias Se eu fosse um verso Só, apenas, um simples verso Monossilábico, mesmo do inverso Seria a só a palavra Que a poesia do verso Quisesse Que fosse Se eu fosse um verso seria um pássaro Que faz das frases ramos E das poesias enganos Se eu fosse um verso Seria eu verso Mesmo do inverso Seria meu E nenhuma poesia reclamaria É meu Mas era se fosse um verso Como não sou verso nem do inverso Sou apenas o inverso do verso Sou o reverso Foto: Rodinhas1. - Ed Ferreira ( olhares.aeiou.pt )

AUREA- I Didn't Mean It (Lyrics)

ESSA ESTANTE DE ENCANTOS

Entre ir e vir Da minha estante de encantos Não sei… Talvez quisesse despir-te a alma Duplicar-te com os olhos Olhar-te deliciado com o pensamento Beber esse néctar ao relento Talvez pensasse no teu perfume Colhido no alvor da manhã Talvez fumegasse em mim um castiçal de lume E me apetecesse subir ao cume E gritar baixinho… Olho-te a todo o instante Vejo-te bailarina nos meus dedos Confidente dos meus segredos Talvez eu esteja aí Despido de nudez à tua cabeceira Explorando com os olhos A colina e a ladeira Talvez entre ir e vir Fossem precisos dias e noites duplicados Invernos secos e Verões molhados Primaveras sem flores e Outonos em Maio E mesmo assim talvez Não chegasse outra vida Para te conhecer outra vez Foto: s/t - José Lopes ( olhares.aeiou.pt )