Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de outubro, 2012

há histórias fantásticas

Adormeci hoje a pensar que acordava daqui a uns anos Num apeadeiro nas crateras da Lua Onde das estrelas caíam palavras Que faziam um texto de uma frase nua Onde, no Mar da Tranquilidade As pessoas perdiam a idade Onde não se criavam raízes E podiam ser eternamente felizes Onde por entre naves espaciais Voavam borboletas e flores magistrais Pássaros Fénix imortais E aí esperava por ti Da tua carreira regular de Vénus Com escala breve por aqui Fato espacial branco cru Por cima de um corpo nu Olhaste e vieste a mim Onde os semáforos espaciais eram folhas de plátano Que só mudavam de cor nas estações siderais Onde o tempo era imponderável Mas o solo pouco arável E por isso as flores cresciam no ar sem ar E não podiam parar a idade Nem a força da gravidade Foste breve no olhar mas lenta no respirar Rarefeito o ar e o teu escutar Tinhas pressa do espaço e da sua arte Das velocidades de anos-luz Dos cruzamentos com Marte De um voo espacial nocturno Com passagem

Da pedra se nasce flor

Falsidades (Republicação)

voa veloz a tua língua sobre o meu coração ilumina-se a fluorescência do teu andar, talhado afunda-se a lua no mar da paixão, diamante rasga-se inteiro o bocado, pedaço da tua mão olha-se de soslaio o corpo amante escurece a sombra do meu braço na tua cintura enrola-se na raiz dos teus ossos escreve-se a minha idade numa pintura, espelho de imagem reflexa, desarrumada, alimento vítreo do ego espera na falsidade da imagem o aconchego