Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de dezembro, 2009

MAIS UM ANO (ERRO HUMANO)

A todos os seguidores e leitores deste espaço: UM ANO DE 2010 CHEIO DE POESIA Se não me engano Se isso é humano Acaba agora o que começa Uma parte da peça Um ano Não interessa se é normal Quotidiano Ou anual Mas cai agora o pano Sobre o ano O que é normal É humano Ter esse feixe anornal Herteziano De saber quando acaba o ano E começa outro ciclo anual O que não é normal É ter que viver mais o que não queremos Ver o tempo passar e nada podermos Ver acontecer o quotidiano E mais um ano Erro humano

ANOTHER CHRISTMAS (to all my friends all over the world)

We are made of memories A short present and a lot of history We have arms to hug Kisses to kiss Hands to give And someone to love We are crazy for shining stars And for the poetry lights We born every year at the same day And we die in the other ones Is the Christmas He came to stay

OUTRO NATAL

Somos construídos de pouca matéria e muita memória De pouco presente e muita história Deram-nos braços para abraçar Beijos para beijar Mãos para dar E um berço de palha para adorar Somos desde sempre fanáticos por estrelas Por caminhos e preces Pela esperança de um dia Pela luz da poesia Nascemos todos os anos no mesmo dia Natal E morremos os outros dias, todos Levantamos e baixamos os braços Dormimos em silêncio Pouco olhamos as estrelas Esmorecemos aos poucos Cavamos túmulos e escrevemos poemas Apregoamos grandes lemas Mas nem usamos os braços para dizer adeus Nem bem nem mal Esperamos quietinhos Outro Natal

Escolhas simples

Escolho a sorte De voar De olhar o céu de cima E vaguear no meu vento norte Ser do sangue do clima Escolho a sorte De ver De voar sem asas Ser cego por um instante E vaguear no meu vento norte Escolho a sorte De sentir De viver a tua brisa Desfraldar-te E vaguear no teu vento norte Foto: Raul Cordeiro (Durban, África do Sul, 2009)

A minha verdade

Encolho os ombros Franzo o nariz Escondo a lágrima de um olho petiz É cansaço o que sinto Nem a dor me dói E a sensibilidade flutua Como o vento que me rói Na falta de sentido escrevo E enleio a minha miséria no enlevo Vejo breve o campo Por cima dos ombros Sonho-me homem activo Por entre escombros Depois da raiva e da saudade Uma obra de horas incógnitas Sou definitivamente uma inacção Uma pouca verdade Foto: Raul Cordeiro (2009)