Avançar para o conteúdo principal

Mensagens

A mostrar mensagens de novembro, 2014

ESPERA MENINA, PELO BARULHO DOS GUIZOS

Espera menina Não partas ainda que a poesia não finda Espera menina Pelos olhinhos que te faço Espera menina Pela estação infinda Espera menina Prepara o teu regaço Esquece os risos e os sorrisos Esquece o tempo em que tivemos algum tempo Escuta o barulho dos guizos Esquece o mau e o bom Esquece o choro e a lágrima Escuta a canção e o tom Esquece os beijos Esquece o medo e o segredo Esquece os desejos Espera menina Enquanto exploro e desbravo o arvoredo Espera menina

Flash VII - Mãos e lábios

Apenas as mãos verdadeiras escrevem poemas. Apenas os lábios verdadeiros dizem poemas. Não vejo nenhuma diferença entre um verdadeiro aperto de mão e um poema. Não vejo nenhuma diferença entre entre um beijo e um poema. Depende da atmosfera, da aura da mão e do beijo. (Raul Cordeiro... Paul Celan)

Flash VI - Solidão (devaneios)

Há portas na vida que se fecham e se abrem e outras que estão sempre entreabertas como se do outro lado soprasse uma brisa leve que nem fecha a porta nem a abre, mas nos traz beijos de vez em quando. Alguém disse há uns tempos que a vida é um encontro de solidões. Eu diria que sim.  É um encontro de solidões que por vezes se encontram e por vezes se separam. Por muito que quisesse nunca poderei esquecer as brisas que me aquecem a solidão. Pode ser perigoso abrir ou fechar demasiado a porta.  Agrava a solidão.

fatal

fatal seria viver viver sem dor? seria envelhecer envelhecer sem angústia? seria morrer morrer sem desespero? e não procurar encontrar sentido para a vida? seria sentir sentir sem pensar? sou um ser uno, poeta do real objetivo, estático e metafísico leitor indolente, fatal