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Mensagens

A mostrar mensagens de março, 2011

Vácuo

Foto: Raul Cordeiro É de lá Do alto longe do infinito Que no vácuo Oiço o teu grito É no mesmo ângulo Com que os teus lábios Cantam as palavras Que dobro o nevoeiro Em movimentos sábios Nada eu vejo Para lá Da tua paisagem Nada invento Nada sinto Nada lamento

Poema Nuvem 5

A tua alma à minha voz (letra de música)

Numa voz clara e cristalina Embalas-me nesse teu fado Meu corpo não quer, não espera Fica apenas envergonhado Oiço-te na calma da tarde Veloz e ligeira A tua voz nessa melodia Meus olhos não querem Minha boca não diz Para te ouvir O que eu daria Numa voz doce e singular Fico a ouvir esse teu fado Minha boca não fala, não grita Fico apenas atarantado Quem foi que disse Que se canta fado por vontade E amarrou a guitarra à voz Quem foi Que amarrou o rio à foz E a tua alma à minha voz Numa voz clara e cristalina Embalas-me nesse teu fado Meu corpo não quer, não espera Fica apenas envergonhado Numa voz doce e singular Fico a ouvir esse teu fado Minha boca não fala, não grita Fico apenas atarantado

A meu favor

Foto: Raul Cordeiro A meu favor um vento que sopra verde Da cor secreta Do reflexo a minha parede Uma sombra da árvore da minha vida Um refúgio Um murmúrio A minha guarida Tenho a meu favor a música De uma cidade Um jardim A meu favor tenho-me A mim

Se eu voar (Ao Dia Mundial da Poesia)

Dei-te os melhores anos Dos anos da minha vida Mas tu não és de poucas contas E pedes sempre mais Para mim dar É mesmo dar Sem pensar e sem olhar Se eu voar Vais-me agarrar as asas Se eu voar Voam comigo os sonhos Se eu voar Vais comigo Atirar ao mar As flores para me encontrar Deste-me na palma da mão Os teus sonhos E eu guardei o teu beijo no coração Mas eu não sou de poucas contas E peço-te um chão Um abraço, um beijo E a tua mão Se eu voar Vais-me agarrar as asas Se eu voar Voam comigo os sonhos Se eu voar Vais comigo Atirar ao mar As flores para me encontrar

Silêncio... Proibido (letra de música)

Silêncio Proibido falar Ardem os ponteiros De um tempo por chegar Não sei pedir ao tempo Que chegue devagar Silêncio Proibido calar É na tua voz Que sinto o tempo chegar Quem tem medo Quem cala Quem não guarda A voz em segredo Silêncio Proibido cantar É nestes versos que canto Canções de imaginar E imagino Que é imaginativo pensar Silêncio Proibido imaginar

Ninguém ouve o que digo (letra de música)

Valerá a pena acordar mais cedo Para ficar com os pés fora do cobertor Se o sol nasce todos os dias Mesmo quando não está calor Ninguém ouve o que digo Vou gritar sempre que quiser Cobro a um cêntimo uma lágrima de felicidade Barato ou caro quem sabe Faço saldos em conformidade Antes que suba o preço e o mundo acabe Ninguém escuta o que oiço Vou calar-me se quiser Ando ao vento e à tempestade Tapo a boca e calo-me bem caladinho Não sei se sou o que quero ser Mas sou pelo menos um bocadinho Ninguém ouve o que digo Vou gritar sempre que quiser Ninguém escuta o que oiço Vou calar-me se quiser
Raul Cordeiro enquanto dormias plantei poemas nos meus pensamento e saboreei sozinho o relento