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A mostrar mensagens de janeiro, 2008

POEMA DE ADIVINHAÇÃO

Vejo no futuro Minhas lágrimas pintadas de azul do céu Salpicadas do sal do teu rosto Temperadas pela tua mão Com o sabor do teu mosto Vejo no futuro Meu suor no teu peito Teu cheiro na minha camisa Numa dança ensaiada a preceito Entre os dois Embalados no teu passo Ao sabor da minha brisa Vejo no futuro Nas tuas mentiras as minhas verdades No teu rosto o meu espelho De um reflexo de olhares cúmplices Olhados às nossas vontades Vejo no futuro Algo de belo que fluirá Não posso esperar mais Meu e teu futuro são já. Foto: No Sítio do Pica Pau Amarelo - Graça Loureiro ( olhares.aeiou.pt )

PALAVRAS EM IMAGENS 5

Foto: Raul Cordeiro (Auchwitz-Bierknau, Polónia 2006) Continuamos a ser os maiores especialistas mundiais na destruição de nós próprios

A ALMA DE UM HOMEM NA SUA CALMA

Num lugar verde entre as colinas Num pequeno vale isolado e silencioso Que agora floresce profusamente Ecoa um homem são, guloso e duro Banhado pela névoa, é fresco e delicado Como trigal de inverno e linho não maduro Um homem humilde que nos seus anos juvenis Sabia tanto de loucura como a que tinha feito A sua primeira masculinidade exercera Ficara esse amor perdido marcado no seu peito E do sol, e do ar com brisa As influências doces tremem por entre a sua camisa A sua alma na calma sente a necessidade de sentir... Este caminho ou aquele caminho por cima dessas colinas A invasão, o trovão e as raivas felinas E todo o choque de ataque calado E conflito indeterminado - agora dito Por acaso e na sua ilha nativa Carne e gemidos ecoam debaixo deste sol abençoado Foto: Alentejo verdejante... - jorge filipe pires ( olhares.aeiou.pt )

VAGUEIO SOLITÁRIO NO COLO DA TUA NUVEM

Vagueio solitário no colo da tua nuvem Por cima de vales e colinas Sou teu anfitrião à sombra daquele calor Junto do lago da tua humidade Esvoaço e danço nas tuas brisas felinas Como a mentira pela verdade Cintilam as estrelas em sua via Entendem-se em céus intermináveis Ao longo das margens da tua baía As ondas junto de ti se enrolam Ondas brilhantes de alegria Um poeta não poderia ser mais alegre Em tão bela companhia Muitas vezes, quando no meu divã estou Em vago ou pensativo humor Elas brilham sobre aquele olho interno Que é a felicidade da solidão De um pensamento encharcado em dor E o meu coração se preenche Na palma suave da tua mão. Foto: Céus do Alentejo... 100 FOTO - Jacinto Policarpo ( olhares.aeiou.pt )

PALAVRAS EM IMAGENS 4

Foto: Raul Cordeiro (Aveiro, 2007) Não negues um bem a quem precisa dele para viver

MEUS OLHARES SÃO TEUS

Logo os meus olhos se queimaram Pelo brilho da chama dos teus Minhas lágrimas secaram E nos olhares com que te fitaram Aos teus olhares chamaram meus São meus os teus olhos Como são meus os teus Nossa troca de olhares Comandada pelos teus É culpa única e só Da forma e do brilho Com que os teus fitam os meus. Foto: string intrigue 2 - m(n)m - ( olhares.aeiou.pt )

PALAVRAS EM IMAGENS 3

Foto: Raul Cordeiro (Benavila, Alentejo, Portugal - 2005) Mesmo em corações de pedra podem nascer flores

LÁ, NO SÍTIO DAS PROMESSAS

Lá, nas sombras de um Sol Traiçoeiro até mais não Soltas o teu breve suspiro Não sabes se rir ou chorar Lá, atrás daquela árvore escondida Num silêncio de encantar Onde o musgo cresce sem nexo Em todos os lados do tronco E a sua sombra não é a sua sombra Mas apenas o seu reflexo Lá, onde vives a minha lembrança Das palavras que te encantam Pagarás minha fiança Que me ajudará a libertar Lá, nos poemas que escrevo Neste sítio feito palavra de vida Tocarei a música dos meus poemas Numa canção prometida.

PALAVRAS EM IMAGENS 2

Foto: Raul Cordeiro (Yokohama, Japão - 2007) Não entres na roda quando a noite estiver no fim

A TUA PRIMAVERA

Fecha os teus olhos e não espreites Deixa a Primavera acariciar-te E ainda que o Sol enjeites Suave como veludo de terra Serena, ela virá beijar-te Húmida pelos teus beijos de Inverno Fecha o teu olhar ao frio No calor com que o Sol encerra Vive e floresce o teu amor baldio Perdeste o teu Verão Enterra teu machado frio Dá-me a tua mão Continuas à espera De um amor fugaz de estio Num beijo de Primavera. Foto: "o que é que isso interessa?" - Ricardo Blanquett ( olhares.aeiou.pt )

AS PALAVRAS EM IMAGENS 1

Foto: Raul Cordeiro (Benavila, Alentejo, Portugal - 2005) Nas águas secas de um tempo vivemos em permanente e desgastante contratempo

MEDOS DE MIM

Tenho medo de falar De acordar a nossa conversa Nesta fala tão dispersa Tenho medo de pensar A minha mente é selvagem Focada na tua miragem Tenho medo de te ver Como os frutos da árvore da ignorância Mantenho a nossa distância Tenho medo de te amar Embarco noutro caminho Vou andando agora sozinho Tenho medo de ser Apenas teu amigo Anda ter medo comigo Tenho medo de acontecer Tenho medo de me perder. Foto: november gale - avalon ( olhares.aeiou.pt )

OLHAR A PLANÍCIE

E stamos ali os dois, sentados a conversar há horas infinitas. Sentados, aconchegados um ao outro, na erva húmida de um prado, no cimo do monte. Ali perto, um homem conduz o seu arado pelo caminho longo da terra, trilhado por uma mula castanha, altiva. Gritos de ordem, interrompem, de vez em quando, a canção popular que ensaia. Sente-se no ar o cheiro a terra molhada pela chuva miudinha que caíra nessa manhã, e o Sol aparece, a medo entre as nuvens. Mais longe, para lá do olival, fustigado pelas varas e pelas mãos calejadas dos apanhadores, o balido das ovelhas daquele rebanho cria uma melodia estranha, entrecortada por tons diversos mas maternais. É também ali perto a nascente de água cristalina que alimenta a planície e dá corpo ao ribeiro que a corta a meio. O som do ladrar ordenante do rafeiro das ovelhas aproxima-se de nós, misturando-se com o chilrear dos pássaros, que pousam momentaneamente naquele choupo alto, ali mesmo, à nossa frente. Aquela melodia natural é, ao mesmo tempo,

ENSAIO DE BRINCAR (ou os corações na areia)

Um dia escrevi o teu nome na praia Que vieram as ondas lavar Escrevi-o segunda vez Mas veio a maré e desfez Ensaio este brincar Sempre que vou à praia E teu nome desaparece outra vez Um amor é coisa de mortal Assim para imortalizar Nada melhor que um papel Para escrever e inventar Aquilo que me ilude E deixar por apagar Num poema que me confunde O meu verso e a sua virtude Numa praia por desbravar. Foto: autor desconhecido

A ONDA DO MEU MAR

O rastejo do mar cinzento Na infinidade que se vislumbra Esconde segredos nas conchas Esconde segredos na penumbra E no sibilar de uma onda Numa maré gelada de tundra Corre para a praia ombro no ombro Treme de espuma redonda Nos movimentos que ensaia e desfia É da praia a sonda Numa triste alegria. Foto: Costa...Jacinto Policarpo ( olhares.aeiou.pt )

SONHAR OS SONHOS COM OLHOS ABERTOS

Todos sonhamos à noite Nos intervalos empoeirados da mente Nos sonhos encontramos a verdade Tornamos o sono nosso confidente Despertamos para a nossa vaidade Sentimos as nossas paixões E num caleidoscópio de ilusões Sabemos que o sono mente Mesmo assim cerramos os olhos Retomamos as fantasias Desfeitas ao acordar, de repente Pela breve espuma dos dias E nesses sonhos sonhados De dias sempre incertos Queremos que o sonho volte Temos dias de saudades De sonhar os sonhos com olhos abertos. Foto: *caminha* - .k&p ( olhares.aeiou.pt )

POEMA DE NADA PARA CONTAR

Não tenho… Nada para mostrar Nem para contar ou escrever Não tenho nada para dizer Nem nada para acontecer Não, não tenho o que quero Nem tenho o que espero Não faço, sou sincero… A vontade ao desespero Não tenho… Nada de novo para ver Nem consigo escrever Não posso nem quero contar O que me está a acontecer Posso contar, mas não quero Pode parecer severo Mas não conto Sou sincero… Foto: pois é a famosa serie - Rui Soares ( olhares.aeiou.pt )

MÁGOAS DO TEU SENTIR...

Um coração dissolvido No ar que respiras E trazes escondido Rarefeito como o teu olhar Vives só, nas tuas mentiras E num prazer desmedido Teimas em me magoar Num amor proibido Um coração destroçado Pelas mágoas do teu sentir No meu ar ajumentado Continuo a ver-te sorrir No teu olhar viciado Custa-me admitir Que não posso nunca Ser por ti amado Foto: Modern-old fashion #I - Heliz ( olhares.aeiou.pt )

NAS MEMÓRIAS DO NOSSO FUTURO

Carregamos em nós a nossa memória Sentimos a nossa própria dor Contamos em nós a nossa história Somos do nosso presente, o próprio autor Vivemos em nós o nosso discurso Erguemos a nossa voz Gritamos o nosso percurso Enquanto o futuro chega veloz Corre veloz à nossa frente Quase impossível de alcançar Quando quase lhe passamos rente Está novamente o passado a chegar E assim nesta dança de tempos verbais Ao ritmo de um pretérito sempre imperfeito Passado, presente e futuro Vivem em choque constante Sem qualquer preconceito. Foto: Chamo-te - Maria José Amorim ( olhares.aeiou.pt )

ESQUECI-TE NO MEU SONHO

No início da manhã um sussurro assalta-me Como vozes que gritam e ecoam em sonhos Lá, onde o desejo se misturou com a sensação De um suave odor que paira no ar E perfuma teus olhos tristonhos Na brisa de um sono de suave navegar E nas velas dos teus olhos ao luar O perfume que o teu corpo alimenta Entranha-se profundamente num sonho esquecido De um tempo nunca acabado De um beijo apetecido Que o meu sonho acalenta Num sono desbravado Esfrego os olhos na tormenta De sussurros de sonhos alados Acordo… Afinal estes sonhos perfumados São dos meus sonhos A eterna tormenta. Foto: string intrigue 2 - m(n)m (olhares.aeiou.pt)

Ano Novo... Nova Imagem

A partir de hoje este espaço resolveu fazer um " litlle makeover ", mais tipo facelift , lavando a cara, aparando um pouco o cabelo e a barba (disfarçando os cabelos brancos), vestindo umas roupinhas novas (sem borbotos) que lhe ofereceram no Natal. De vez em quando precisamos de olhar para as mesmas coisas, com os mesmo olhos mas de outros ângulos, com outras cores e com outra sensibilidade. E como alguém disse que a sensibilidade é a mãe do carinho espero que gostem e que continuem a ter por este espaço o mesmo carinho que têm tido e que tiveram quase 7.000 visitantes desde Julho de 2007. Beijos e Abraços

PRESO NO CANTO DO TEU SORRISO

Como um cacho no canto do teu sorriso Brotam tuas sílabas indigentes E teus olhos contemplativos Cravados de gotas cadentes Acompanham docemente teus cabelos altivos Falas e gritas comigo com o desdém De quem despreza as lágrimas Choras a rir de mim, teu refém Nas grades desta paixão Desesperado à procura de uma fuga De um amor feito prisão E num assomo de luz cadente Descubro a solução de magia De uma fuga incandescente De escapatórias originais Para viver nesta cela da vida Só amando ainda mais, e mais. Foto: (Seguro) A Lágrima - Nuno Lopes (olhares.aeiou.pt)

IMENSIDÃO

Nas margens inanimadas De um Oceano brilhante Uma torrente de raios de sol Num mundo arruinado Deixam o seu mundo calado À espera de uma vida distante Tensões de música contente Tão triste e tão animada No pensamento, um contraste estranho Assalta-lhe a mente escurecida Em tons de cinzento e castanho Sobe ao topo do mar Como viajante da extremidade do mundo E num instante perde a noção Da imensidão de um amor profundo. Foto: O Mar - Miguel Afonso (olhares.aeiou.pt)

FELIZ ANO 2008

A todos os meus amigos e amigas com quem partilhei este espaço desejo um Magnífico Ano de 2008 repleto de êxitos pessoais e profissionais e de muita saúde física e mental. A TODOS UM SINCERO OBRIGADO... ATÉ JÁ...