Foto: Raul Cordeiro É de cristal fino a voz E o olho que me olha Branca a camisa alagada Das lágrimas de verão Que brandem no chão O cheiro a terra molhada É de cristal o grito Temerário São de cristal os gemidos E de chão O cenário São fiados na roca Mordidos Na boca os sentidos Sim Foi a nós que nos vimos E sem olhar nos despedimos
Não sei se sabem mas este Blog completou no dia 18 de Julho de 2011 - 4 ANOS. O vício tornou-se de tal forma importante que mais um ano e mais um dia se tornaram acontecimentos normais como acontece com quem fica mais maduro e mais forte. A todos os meus leitores... Mais de 170.000 nestes 4 Anos... Pelo menos os que consigo registar... MUITO OBRIGADO
Foto: Raul Cordeiro Ao fim da reta que fina e resta É do meu adeus que fazes a festa E da minha cara que ris É a tua boca que o diz Não corras Tropeça, cai Que atrás de ti O meu beijo ainda vai
Quando um dia Tiveres à tua volta Mármore branco por todo o lado Não chores nem grites Não teres dito o teu fado Perdeste a voz Antes da festa começar Perdeste o espaço e o tempo Sepultaste na tua voz a razão Quando um dia Te disserem coisas vãs Não chores não grites Canta apenas teu fado Todas as manhãs Que seja feita a vontade do destino Quando um dia Tiveres à tua volta Mármore branco por todo o lado Não chores nem grites Não teres dito o teu fado
As coisas inúteis Nascem em lugar nenhum Simplesmente não existem Que seja feita a vontade De pensamento algum Que sejam misturados os ingredientes Da verdade E reservados os dentes Que mordem os calcanhares das mentiras E se vozes de cão Esforçadas Irrompem em iras Isso é apenas e só O tempo a mirrar A ensurdecer a minha voz A cegar Os meus olhos Fechados Nos seus nós Há coisas mesmo inúteis