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A mostrar mensagens de fevereiro, 2008

POEMA DO IMAGINÁRIO DA TERRA

Revolta-se a terra quando o céu está nu Espera por suas lágrimas no seu chão Bela e justa recompensa De sono adormecido no calor do Verão Ouvem-se os ecos pela multidão de montanhas Na forma da arte do som de um pequeno trovão Os ventos vêm dos campos do sono Gritam ao redor de mim Em mil vales distantes e largos Frio, distante, alegre e voando Sinto-me bem, triste assim Flores, frescas ao sol brilham frias O amor-perfeito nos meus pés Onde descansa o vislumbre visionário? Onde tem a terra o seu convés? Onde estão agora, a honra e o sonho? Onde está o imaginário? A terra enche o seu regaço de prazeres dela própria Num ritmo de Inverno enfadonho, jovem E, até com algo da mente de uma mãe Faz o seu filho de leite, o seu habitante, Homem

SENTIMENTOS SEGUIDOS

Arremesso o meu braço largo em redor do Sol do teu brilho e do teu regaço e suo só de te ver passar bem junto ao meu reduto e vergo-me ao teu olhar e descanso em ti meus olhos nesse imenso campo de prazer absoluto de paisagens de desejo de te ver florescer numa manhã a meu lado e venderes-me um beijo molhado e então na noite fresca debaixo da árvore alta dos teus sentidos quando a noite que nos assalta se aproximar delicadamente escura como eu e tu perdidos nos nossos sonhos que nascem um para o outro num dealbar de dia depois da noite que no início sabe a pouco. Foto: Extremidades em chamas. - Isabela Daguer ( olhares.aeiou.pt )

ESPELHO MEU, ESPELHO MEU

Nos resíduos da vergonha matinal Cheio da culpa de uma figura reflexa no espelho Selvagem, extremo, grosseiro, cruel Louco em perseguição de algo Na figura reflexa me aconselho Nas respostas que procuro Em vidros de espelho brilhante Às perguntas que coloco Vêm respostas delirantes E dia após dia, de manhã A mesma vida, o mesmo instante... Foto: Heliz ( olhares.aeiou.pt )

INCÓGNITO

Um pensamento Uma melodia Uma ressonância Quem chama meu nome? Quem invoca a minha substância? Quem limpa a amnésia? E adivinha a minha circunstância? Incógnito em pensamentos mundanos Oco em melodias do povo Ressoam em mim teus ecos De canção cantada de novo Eclipsa-se o meu coração Em chama incandescente e fluente E aos olhos da minha gente E qual ave no firme do céu azul Liberto meu coração da prisão De um pensamento de saudade De uma melodia triste Do ressoar da verdade E no folgar de um esgar asfixiante Penso em ti Canto para ti Ecoo em ti Foto: reflexos - miguel pereira ( olhares.aeiou.pt )

AGRADECIMENTO

HOJE ESTOU MAIS FELIZ... Sei que há, nesta imensa Blogosfera, alguém que gosta do que escrevo e que não tem medo de o assumir. O Blog " Já nem consigo ser ágil " distinguiu-me com algums " mimos " de admiração que só me ocorre retribuir aconselhando vivamente uma visita à aquele belo espaço. Um Grande Obrigado Prémio Viajante: 1º A Vida das Palavras Prémio Amizade Virtual: 1º A Vida das Palavras PRÉMIO "É um blog muito bom, sim Senhora" 1º A Vida das Palavras

DIAS TRISTES

Em cada manhã De dias enrugados de Inverno De naturezas nobres De céus cor de maçã podre De um dia sombrio De todo o insalubre céu Escuro, firme e nobre E por cima de caminhos escurecidos Do nosso espírito escuro e vadio Tal como a Lua esconde o Sol Em noite de eclipse Nem sentimos simplesmente essas essências Nem transpiramos nas noites de estio Mas sussurramos ao relento As nossas reminiscências E deixamos que sejam levadas Docemente pelo vento Foto: Beautiful dream - Pedro Moreira ( olhares.aeiou.pt )

O AMOR DE NAMORAR

Amor de namorar É feudo rico de esperança Um reverso e eterno paradoxo Faz doce o mais amargo Torna conhecido o desconhecido Torna liberal o amor mais ortodoxo Num apelo constante à nossa lembrança De namorados apaixonados Lembro sempre nosso coração Num e outro dissolvido Nosso feudo tornou-se campo de trigo De alimento de uma paixão Viver e estar contigo Colher tua seara Deixar arder tua rama No aceiro fértil que nos separa E viver a namorar como no princípio das coisas É desejo que nos reúne No namoro eterno que nos une. Foto: Literalidades - Cristye ( olhares.aeiou.pt )

PASSATEMPOS DE IMPOSSÍVEL

Oculto no aberto veio de um segredo teu Oiço atento o distante e toco o intangível Fito o futuro do que nunca vi Vivo passatempos feitos de impossível Alcanço nos teus olhos fragmentos do meu pensamento Espalho com os meus, fórmulas de omnipotência Assim homem Na minha pequena casa feita do pó de terra Marco meus passos em certa cadência Cresço em direcção ao horizonte E sozinho, empoleirado Investigo a minha mente No alto telhado das coisas Cercado por coisas mortais Fico ofegante E outras ânsias que tais Como na respiração rara da estratosfera À espera da tua fonte… À espera da tua guerra… Foto: Time & Again - Alba Luna ( olhares.aeiou.pt )

ETERNA SUBSTÂNCIA

Como amo? Deixando de contar Os caminhos de ida e regresso Amo em profundidade, largura e altura Das medidas de amar desperdiço o excesso A minha alma pode amar até longe da vista Á luz do sol e á luz da vela Amo livremente Da forma especial Como os homens se esforçam por amar Amo com a paixão de amar Nas minhas velhas penas E com a fé da minha infância Procuro nas medidas de amor A eterna substância O sumo de polpa de uma alma e de um corpo Que se derrete mansinho Nos versos de um piropo Foto: Day after Yesterday - Neurotic Vision ( olhares.aeiou.pt )

TEU DOCE DESCANSAR

Tudo o que sei de certa estrela É que ela agita o meu céu como um remoinho Voa e trespassa o meu coração Faz minha alma sair do ninho Leve no seu firme firmamento Paira como um pássaro no ar Faz das nuvens o seu caminho Procura em terra o seu alimento E na procura incessante de um prazer terreno Espero por ela cadente ao luar Minha estrela de alva em queda Será meu peito tua alameda E meu sorriso Teu doce descansar Foto: Fim do dia - Marcio Farias ( olhares.aeiou.pt )

SER

Ninguém ama para entender Ninguém ama para sentir Ninguém ama para dar e receber Amar é só para ficar E eternamente ser Foto: "que lindo..... posso tocar?" - salpico ( olhares.aeiou.pt )

A GUERRA DE AMAR

Guerra de amar é meu mundo Num porto de abrigo em ti Sinto falta de mim Num desejo de amor profundo Por vezes frio e distante dos teus olhos Mas presente nas palavras da tua boca Correrei para teus braços se me chamares Correrei uma correria louca Respirarei ofegante meu desejo Posarei para ti os meus olhos Esperarei de olhos fechados teu beijo E nem que seja só Num instante de madrugada Farei de ti A mulher mais amada Foto: "Segredo" - Guilherme Santos ( olhares.aeiou.pt )

As minhas desculpas

As minhas sinceras aos meus estimados leitores mas estou ausente no Porto por alguns dias. Voltarei em breve...

PALAVRAS EM IMAGENS 7

Foto: Raul Cordeiro (Auchwitz-Bierknau, Polónia, 2006) Não deixes que gravem o teu nome em muros de silêncio

MINHAS ALGEMAS DE MEDO

Desacostumado da minha coragem Vivo um exílio de prazer enrolado em colchas de solidão Até que o amor deixe o seu templo E chegue à minha vista, agarre a minha mão Amor que chega com velhas memórias de prazer E histórias antigas de dor Desapertando minhas algemas de medo Despertando um adormecido fulgor Que desmama a minha timidez Enobrece meu medo vulgar Num silencioso segredo Qual viciado jogo de xadrez Estamos destinados mesmo sem querer A viver para poder amar Foto: $$$$$$ - mico ( olhares.aeiou.pt )

PINTOR DE POESIAS SEM NEXO

Corro desenfreado atrás de uma musa Desafio algures um dom inspirador Espero o seu quadro de verso Com a vontade de um pintor Pintor de poesias sem nexo Adorarei a sua aura ocupada Numa virtude que não se curva Na ostentação do seu esplendor Inspirado mesmo no nada Para agradar ao orgulho do poeta E perante tão nobre quadro Deitarei fora a minha caneta Pintarei o seu rosto nas nuvens De uma tela imaginada E em folhas de poesia de nada De uma pena em dor Deixo pelos seus olhos a poesia de papel De pintor a compositor Para pintar os seus olhos a pincel Foto: Nádia Pereira - David Caretas ( olhares.aeiou.pt )

RIACHOS DE MAR DA (minha) INCERTEZA

Nas águas sem sono, solitárias Mas turquesa das tuas imagens Nas ondas de rodopios selvagens Caiem as minhas lágrimas de tristeza Carregadas de mentiras piedosas Congeladas e mortas Pelo magneto da tua beleza Atraídas pelo teu peito ardente E logo se evaporam de repente Correm os riachos de mar da incerteza E num mar de lágrimas em coro De dois olhos a cair Com mais rapidez com que as choro Teu amor se vai esvair Foto:Não entrarei por enquanto... - Mariah ( olhares.aeiou.pt )

MAS VOLTAREI SEMPRE AO TEU PERFUME DE JASMIM

Devo manter as minhas mãos E virar a minha cara ao fogo Devo olhar os meus dias mortos Fundindo-me em conjunto na escória E acabar com este triste jogo Acabar com esta triste e vã história Ver as cenas depois do meu passado Fundir minha massa num fogo que se afunda Como um pássaro branco estranho levado para fora do mar gelado Como musgo pesado numa árvore fecunda Como um pássaro do norte distante Voando de asa partida, ofegante Que se arrasta e cai no teu jardim No fundo da minha vida Vou de lugar em lugar em busca de lançamento Mas voltarei sempre ao teu perfume de jasmim Foto: The world exploded into love - João Dias ( olhares.aeiou.pt )

PALAVRAS EM IMAGENS 6

Foto: Raul Cordeiro (Oceanário de Lisboa, Portugal) ...pelo oceano, gritando o teu nome e ouvindo o escárnio da espuma do mar... à luz do meu nome...