Avançar para o conteúdo principal

MAS VOLTAREI SEMPRE AO TEU PERFUME DE JASMIM


Devo manter as minhas mãos

E virar a minha cara ao fogo

Devo olhar os meus dias mortos

Fundindo-me em conjunto na escória

E acabar com este triste jogo

Acabar com esta triste e vã história

Ver as cenas depois do meu passado

Fundir minha massa num fogo que se afunda

Como um pássaro branco estranho levado para fora do mar gelado

Como musgo pesado numa árvore fecunda

Como um pássaro do norte distante

Voando de asa partida, ofegante

Que se arrasta e cai no teu jardim

No fundo da minha vida

Vou de lugar em lugar em busca de lançamento

Mas voltarei sempre ao teu perfume de jasmim

Foto: The world exploded into love - João Dias (olhares.aeiou.pt)

Comentários

Ai e Tal... disse…
É verdade Raúl... Como se costuma dizer: "You can run, but you can´t hide!!!"

***MUAH***

Mensagens populares deste blogue

AUREA- I Didn't Mean It (Lyrics)

VERSO E REVERSO

Se eu fosse um verso Seria com certeza um verso do inverso Escrito de trás prá frente Ou visto á lupa e á lente Se eu fosse um verso Teria que ter uma poesia para nadar Uma frase para rimar Um texto, um mar pra navegar Se eu fosse um verso Podia rimar com várias poesias Uma nova todos os dias Se eu fosse um verso Só, apenas, um simples verso Monossilábico, mesmo do inverso Seria a só a palavra Que a poesia do verso Quisesse Que fosse Se eu fosse um verso seria um pássaro Que faz das frases ramos E das poesias enganos Se eu fosse um verso Seria eu verso Mesmo do inverso Seria meu E nenhuma poesia reclamaria É meu Mas era se fosse um verso Como não sou verso nem do inverso Sou apenas o inverso do verso Sou o reverso Foto: Rodinhas1. - Ed Ferreira ( olhares.aeiou.pt )

ESSA ESTANTE DE ENCANTOS

Entre ir e vir Da minha estante de encantos Não sei… Talvez quisesse despir-te a alma Duplicar-te com os olhos Olhar-te deliciado com o pensamento Beber esse néctar ao relento Talvez pensasse no teu perfume Colhido no alvor da manhã Talvez fumegasse em mim um castiçal de lume E me apetecesse subir ao cume E gritar baixinho… Olho-te a todo o instante Vejo-te bailarina nos meus dedos Confidente dos meus segredos Talvez eu esteja aí Despido de nudez à tua cabeceira Explorando com os olhos A colina e a ladeira Talvez entre ir e vir Fossem precisos dias e noites duplicados Invernos secos e Verões molhados Primaveras sem flores e Outonos em Maio E mesmo assim talvez Não chegasse outra vida Para te conhecer outra vez Foto: s/t - José Lopes ( olhares.aeiou.pt )