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A mostrar mensagens de março, 2014

Poema tardio do Dia do Pai (da minha filha Raquel...)

Sei que já venho tarde, Mas nunca é tarde demais Para te dizer que para mim és o melhor pai. És carrancudo e mau, És protetor e prudente E são poucas as vezes em que sorris com os dentes. Comes das minhas guloseimas, E estás sempre a criticar, É de manhã à noite, Do levantar ao deitar. És viajado e culto, Mas também reservado e adulto, Tu és o meu pai, O melhor pai do mundo. A razão pela qual não tiveste um miminho, Foi porque a minha querida filosofia se meteu no caminho, Impressões e ideias, Cogito e existência de Deus, Foi tudo aquilo que me prendeu, Descartes e Hume já deviam estar a prever, Que isto ia acontecer. Descartes provou a sua existência enquanto substância pensante, Mas é a tua existência que tem de ser constante. Hume pensava que o conhecimento verdadeiro derivava dos sentidos, E o conhecimento que tenho por ti é decidido. É um amor inexplicável, Que resiste à duvida, Mesmo de Descartes e de Hume, E nã

vestido de feira e fato de flanela (letra de música)

é tão grande a distância e grave a ideia de ter a tua concordância ver a tua odisseia e assistir na plateia não me deixaste tocar-te nem com a ponta de um dedo desviaste de mim o olhar nem desvendas-te o segredo nem por coragem nem por medo fiquei eu meio sem jeito e equipado a preceito tu airosa e sobranceira no teu vestidinho de tecido de feira nem me valeu a gravata nem o fato de flanela valia mais uns calções e um jeito de acrobata e em circo se tornou este nosso desencontro raio, corisco e estrela um vestido de feira e um fato de flanela é tão grande a distância e grave a ideia de ter a tua concordância ver a tua odisseia e assistir na plateia não me deixaste tocar-te nem com a ponta de um dedo desviaste de mim o olhar nem desvendas-te o segredo nem por coragem nem por medo