Avançar para o conteúdo principal

LARGOS CAMPOS SÃO O NOSSO DESTINO


Adormecidos nos largos campos do nosso destino
Um mundo guardado por silenciosas asas que sussurram
E num rasgo de luz dourada pelo divino
Protege a nossa impossibilidade perfeita
E nos horizontes que brevemente murmuram
Um esplendor fechado investiga os nossos olhos sonhadores
Esperamos que a nossa fantasia seja a eleita
Sonhamos nossos esplendores
Carregados de idades orgulhosas e fados magníficos
A beleza da nossa alma escura é amorosa
Somos os herdeiros de uma largura infinita
Reflectida na flor e nos espinhos de uma rosa
Mas estreitada pela nossa desdita
O impossível é a insinuação do que será
A mais pura mistura da verdade
Nossa vida é e será sempre
A porta da nossa imortalidade.

Foto: Good Morning Sunshine - Marcos Sobral (olhares.aeiou.pt)

Comentários

Mensagens populares deste blogue

VERSO E REVERSO

Se eu fosse um verso Seria com certeza um verso do inverso Escrito de trás prá frente Ou visto á lupa e á lente Se eu fosse um verso Teria que ter uma poesia para nadar Uma frase para rimar Um texto, um mar pra navegar Se eu fosse um verso Podia rimar com várias poesias Uma nova todos os dias Se eu fosse um verso Só, apenas, um simples verso Monossilábico, mesmo do inverso Seria a só a palavra Que a poesia do verso Quisesse Que fosse Se eu fosse um verso seria um pássaro Que faz das frases ramos E das poesias enganos Se eu fosse um verso Seria eu verso Mesmo do inverso Seria meu E nenhuma poesia reclamaria É meu Mas era se fosse um verso Como não sou verso nem do inverso Sou apenas o inverso do verso Sou o reverso Foto: Rodinhas1. - Ed Ferreira ( olhares.aeiou.pt )

AUREA- I Didn't Mean It (Lyrics)

ESSA ESTANTE DE ENCANTOS

Entre ir e vir Da minha estante de encantos Não sei… Talvez quisesse despir-te a alma Duplicar-te com os olhos Olhar-te deliciado com o pensamento Beber esse néctar ao relento Talvez pensasse no teu perfume Colhido no alvor da manhã Talvez fumegasse em mim um castiçal de lume E me apetecesse subir ao cume E gritar baixinho… Olho-te a todo o instante Vejo-te bailarina nos meus dedos Confidente dos meus segredos Talvez eu esteja aí Despido de nudez à tua cabeceira Explorando com os olhos A colina e a ladeira Talvez entre ir e vir Fossem precisos dias e noites duplicados Invernos secos e Verões molhados Primaveras sem flores e Outonos em Maio E mesmo assim talvez Não chegasse outra vida Para te conhecer outra vez Foto: s/t - José Lopes ( olhares.aeiou.pt )