Avançar para o conteúdo principal

O OUTRO NATAL


Escondo-me dentro da flor do advento
Daquela que uso no meu peito
Oiço nesta festa o lamento e a ilusão
Descritos pelo Homem
De um mundo quase perfeito

Uma flor desbotada pelas suas mãos
Quase seca e murcha pela solidão
Que esquecem todos os dias
De forma inconsciente
Aqueles a quem dar a mão

Chamam-lhe Natal para ser diferente
Para o segregar do resto do tempo
Esquecendo a tristeza eterna de muitos
Como se a vida fosse para nós
Um alegre passatempo

São poucos os dias de consciência
Para um mundo tão cruel
E esperando que não levem a mal
A minha modesta opinião
Precisamos de um outro Natal.

Foto: FELIZ NATAL!!!!!!!!!!!... - Marcelo Andrade® (olhares.aeiou.pt)

Comentários

Mensagens populares deste blogue

VERSO E REVERSO

Se eu fosse um verso Seria com certeza um verso do inverso Escrito de trás prá frente Ou visto á lupa e á lente Se eu fosse um verso Teria que ter uma poesia para nadar Uma frase para rimar Um texto, um mar pra navegar Se eu fosse um verso Podia rimar com várias poesias Uma nova todos os dias Se eu fosse um verso Só, apenas, um simples verso Monossilábico, mesmo do inverso Seria a só a palavra Que a poesia do verso Quisesse Que fosse Se eu fosse um verso seria um pássaro Que faz das frases ramos E das poesias enganos Se eu fosse um verso Seria eu verso Mesmo do inverso Seria meu E nenhuma poesia reclamaria É meu Mas era se fosse um verso Como não sou verso nem do inverso Sou apenas o inverso do verso Sou o reverso Foto: Rodinhas1. - Ed Ferreira ( olhares.aeiou.pt )

AUREA- I Didn't Mean It (Lyrics)

ESSA ESTANTE DE ENCANTOS

Entre ir e vir Da minha estante de encantos Não sei… Talvez quisesse despir-te a alma Duplicar-te com os olhos Olhar-te deliciado com o pensamento Beber esse néctar ao relento Talvez pensasse no teu perfume Colhido no alvor da manhã Talvez fumegasse em mim um castiçal de lume E me apetecesse subir ao cume E gritar baixinho… Olho-te a todo o instante Vejo-te bailarina nos meus dedos Confidente dos meus segredos Talvez eu esteja aí Despido de nudez à tua cabeceira Explorando com os olhos A colina e a ladeira Talvez entre ir e vir Fossem precisos dias e noites duplicados Invernos secos e Verões molhados Primaveras sem flores e Outonos em Maio E mesmo assim talvez Não chegasse outra vida Para te conhecer outra vez Foto: s/t - José Lopes ( olhares.aeiou.pt )