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ESSA ESTANTE DE ENCANTOS


Entre ir e vir
Da minha estante de encantos
Não sei…
Talvez quisesse despir-te a alma
Duplicar-te com os olhos
Olhar-te deliciado com o pensamento
Beber esse néctar ao relento
Talvez pensasse no teu perfume
Colhido no alvor da manhã
Talvez fumegasse em mim um castiçal de lume
E me apetecesse subir ao cume
E gritar baixinho…
Olho-te a todo o instante
Vejo-te bailarina nos meus dedos
Confidente dos meus segredos
Talvez eu esteja aí
Despido de nudez à tua cabeceira
Explorando com os olhos
A colina e a ladeira
Talvez entre ir e vir
Fossem precisos dias e noites duplicados
Invernos secos e Verões molhados
Primaveras sem flores e Outonos em Maio
E mesmo assim talvez
Não chegasse outra vida
Para te conhecer outra vez


Foto: s/t - José Lopes (olhares.aeiou.pt)

Comentários

Ai e Tal... disse…
"Duplicar-te com os olhos"

Que pormenor delicioso :)))

***MUAH***
Anónimo disse…
Simplesmento belo! :)


Bjo
de mim
Lúcia Machado disse…
Fogo!!

Possa!!

Está lindo, Raúl :)

sem palavras...

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