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AS MINHAS DESCULPAS


As minhas desculpas
Porque não posso estar em todo o lugar nos mesmos tempos
Por ser homem de imensos contratempos
De viver neste mundo a esta hora
Por abrir a tua caixa de Pandora
De não saber dançar a tua dança
Por este jeito inocente de criança
Por existir assim simplesmente
Por esculpir teu corpo na minha mente
Pelas minhas lágrimas salgadas
Por sentir as madrugadas
Às árvores que morreram para que esta folha nascesse
A quem fez com que este poema se fizesse
Às grandes perguntas com pequenas respostas
A quem gastou em mim uma aposta
Por verter neste escrito uma ideia pateta
A quem acha que sou poeta



Foto: Awaken (VI-1º Contacto) - Jet... (olhares.aeiou.pt)

Comentários

Irene Ermida disse…
Excelente «pedido de desculpas»!
Com laivos de humildade e palavras de poeta!

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AUREA- I Didn't Mean It (Lyrics)

VERSO E REVERSO

Se eu fosse um verso Seria com certeza um verso do inverso Escrito de trás prá frente Ou visto á lupa e á lente Se eu fosse um verso Teria que ter uma poesia para nadar Uma frase para rimar Um texto, um mar pra navegar Se eu fosse um verso Podia rimar com várias poesias Uma nova todos os dias Se eu fosse um verso Só, apenas, um simples verso Monossilábico, mesmo do inverso Seria a só a palavra Que a poesia do verso Quisesse Que fosse Se eu fosse um verso seria um pássaro Que faz das frases ramos E das poesias enganos Se eu fosse um verso Seria eu verso Mesmo do inverso Seria meu E nenhuma poesia reclamaria É meu Mas era se fosse um verso Como não sou verso nem do inverso Sou apenas o inverso do verso Sou o reverso Foto: Rodinhas1. - Ed Ferreira ( olhares.aeiou.pt )

ESSA ESTANTE DE ENCANTOS

Entre ir e vir Da minha estante de encantos Não sei… Talvez quisesse despir-te a alma Duplicar-te com os olhos Olhar-te deliciado com o pensamento Beber esse néctar ao relento Talvez pensasse no teu perfume Colhido no alvor da manhã Talvez fumegasse em mim um castiçal de lume E me apetecesse subir ao cume E gritar baixinho… Olho-te a todo o instante Vejo-te bailarina nos meus dedos Confidente dos meus segredos Talvez eu esteja aí Despido de nudez à tua cabeceira Explorando com os olhos A colina e a ladeira Talvez entre ir e vir Fossem precisos dias e noites duplicados Invernos secos e Verões molhados Primaveras sem flores e Outonos em Maio E mesmo assim talvez Não chegasse outra vida Para te conhecer outra vez Foto: s/t - José Lopes ( olhares.aeiou.pt )