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MENINO OUTRA VEZ



Voltava agora a ser menino outra vez
A olhar o pôr-do-sol naquela charneca dourada
Voltava agora a ser menino outra vez
Só para não pensar na dor de mais uma alvorada
Amanheço…
Entardeço…
Anoiteço…
Voltava agora a ser menino outra vez
Não é muito o que peço
Voltava agora a ser menino outra vez
Só para não sofrer esta dor que habita em nós
Só para não ter que ouvir ao longe
A melodia da tua voz
Amanheço…
Entardeço…
Anoiteço…
Voltava agora a ser menino outra vez
É apenas o que mereço
Num ritmo circadiano de absurdez
Nesta eterna infância sem maldade
Amanheço…
Entardeço…
Anoiteço…
Finto veloz a idade
Para voltar a ser agora menino outra vez
E desfrutar de um amor volátil
Na minha pura ingenuidade
Amanheço…

Foto: Nas asas da brincadeira - Daniel Oliveira (olhares.aeiou.pt)

Comentários

Ai e Tal... disse…
Tudo é mais belo quando feito pelas primeiras vezes... :) Mas pensa que a idade te trouxe sabedoria e experiencia... E que ingenuidade nem sempre é bom...

***MUAH***
Anónimo disse…
pelo menos o sentimento era bem mais puro,quiça mais apetecivel e mais "sentido" na sua pureza...no entanto mais ingenuo...mas decerto que era bem bom :D

gostei mto
bjs eva

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AUREA- I Didn't Mean It (Lyrics)

VERSO E REVERSO

Se eu fosse um verso Seria com certeza um verso do inverso Escrito de trás prá frente Ou visto á lupa e á lente Se eu fosse um verso Teria que ter uma poesia para nadar Uma frase para rimar Um texto, um mar pra navegar Se eu fosse um verso Podia rimar com várias poesias Uma nova todos os dias Se eu fosse um verso Só, apenas, um simples verso Monossilábico, mesmo do inverso Seria a só a palavra Que a poesia do verso Quisesse Que fosse Se eu fosse um verso seria um pássaro Que faz das frases ramos E das poesias enganos Se eu fosse um verso Seria eu verso Mesmo do inverso Seria meu E nenhuma poesia reclamaria É meu Mas era se fosse um verso Como não sou verso nem do inverso Sou apenas o inverso do verso Sou o reverso Foto: Rodinhas1. - Ed Ferreira ( olhares.aeiou.pt )

ESSA ESTANTE DE ENCANTOS

Entre ir e vir Da minha estante de encantos Não sei… Talvez quisesse despir-te a alma Duplicar-te com os olhos Olhar-te deliciado com o pensamento Beber esse néctar ao relento Talvez pensasse no teu perfume Colhido no alvor da manhã Talvez fumegasse em mim um castiçal de lume E me apetecesse subir ao cume E gritar baixinho… Olho-te a todo o instante Vejo-te bailarina nos meus dedos Confidente dos meus segredos Talvez eu esteja aí Despido de nudez à tua cabeceira Explorando com os olhos A colina e a ladeira Talvez entre ir e vir Fossem precisos dias e noites duplicados Invernos secos e Verões molhados Primaveras sem flores e Outonos em Maio E mesmo assim talvez Não chegasse outra vida Para te conhecer outra vez Foto: s/t - José Lopes ( olhares.aeiou.pt )