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POEMA DE ADIVINHAÇÃO


Vejo no futuro
Minhas lágrimas pintadas de azul do céu
Salpicadas do sal do teu rosto
Temperadas pela tua mão
Com o sabor do teu mosto
Vejo no futuro
Meu suor no teu peito
Teu cheiro na minha camisa
Numa dança ensaiada a preceito
Entre os dois
Embalados no teu passo
Ao sabor da minha brisa
Vejo no futuro
Nas tuas mentiras as minhas verdades
No teu rosto o meu espelho
De um reflexo de olhares cúmplices
Olhados às nossas vontades
Vejo no futuro
Algo de belo que fluirá
Não posso esperar mais
Meu e teu futuro são já.

Foto: No Sítio do Pica Pau Amarelo - Graça Loureiro (olhares.aeiou.pt)

Comentários

MIMO-TE disse…
Belissimo!

Nunca se espera se é possivel já! :)

Bjo
Mimo-te
Lúcia Machado disse…
Lindo!

Como gosto de te ler :)

Beijinho, amigo
Espero que estejas bem

Bom fim-de-semana
Ai e Tal... disse…
O desejo ... o desejo! :) E nada mais que o desejo...

Fantástico :P

***MUAH***

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AUREA- I Didn't Mean It (Lyrics)

VERSO E REVERSO

Se eu fosse um verso Seria com certeza um verso do inverso Escrito de trás prá frente Ou visto á lupa e á lente Se eu fosse um verso Teria que ter uma poesia para nadar Uma frase para rimar Um texto, um mar pra navegar Se eu fosse um verso Podia rimar com várias poesias Uma nova todos os dias Se eu fosse um verso Só, apenas, um simples verso Monossilábico, mesmo do inverso Seria a só a palavra Que a poesia do verso Quisesse Que fosse Se eu fosse um verso seria um pássaro Que faz das frases ramos E das poesias enganos Se eu fosse um verso Seria eu verso Mesmo do inverso Seria meu E nenhuma poesia reclamaria É meu Mas era se fosse um verso Como não sou verso nem do inverso Sou apenas o inverso do verso Sou o reverso Foto: Rodinhas1. - Ed Ferreira ( olhares.aeiou.pt )

ESSA ESTANTE DE ENCANTOS

Entre ir e vir Da minha estante de encantos Não sei… Talvez quisesse despir-te a alma Duplicar-te com os olhos Olhar-te deliciado com o pensamento Beber esse néctar ao relento Talvez pensasse no teu perfume Colhido no alvor da manhã Talvez fumegasse em mim um castiçal de lume E me apetecesse subir ao cume E gritar baixinho… Olho-te a todo o instante Vejo-te bailarina nos meus dedos Confidente dos meus segredos Talvez eu esteja aí Despido de nudez à tua cabeceira Explorando com os olhos A colina e a ladeira Talvez entre ir e vir Fossem precisos dias e noites duplicados Invernos secos e Verões molhados Primaveras sem flores e Outonos em Maio E mesmo assim talvez Não chegasse outra vida Para te conhecer outra vez Foto: s/t - José Lopes ( olhares.aeiou.pt )