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MEDOS DE MIM


Tenho medo de falar
De acordar a nossa conversa
Nesta fala tão dispersa
Tenho medo de pensar
A minha mente é selvagem
Focada na tua miragem
Tenho medo de te ver
Como os frutos da árvore da ignorância
Mantenho a nossa distância
Tenho medo de te amar
Embarco noutro caminho
Vou andando agora sozinho
Tenho medo de ser
Apenas teu amigo
Anda ter medo comigo
Tenho medo de acontecer
Tenho medo de me perder.

Foto: november gale - avalon (olhares.aeiou.pt)

Comentários

José Rasquinho disse…
Excelente, como todo o blog!
Parabéns.
Ai e Tal... disse…
Só medos Raúl... No entanto pedes para ela "vir ter medo contigo"...

Interessante... Sempre ouvi dizer que "A tristeza gosta de companhia"!!! Se calhar é verdade :)

***MUAH fofo***
Lúcia Machado disse…
Como sempre...

É um prazer ler o que escreves ;)
Adoro passar por aqui ;)

Beijinho grande, querido amigo

Bom fim-de-semana
Anónimo disse…
Temos medo da vida, temos medo da morte, temos medo de nós próprios... A vida chama por nós mas a gente ignora... Neste dia (17/01/08), a morte esteve bem pertinho de mim...mas a vida ganhou...mesmo assim não aprendi a vive-la

Porque o medo continua cá...

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AUREA- I Didn't Mean It (Lyrics)

VERSO E REVERSO

Se eu fosse um verso Seria com certeza um verso do inverso Escrito de trás prá frente Ou visto á lupa e á lente Se eu fosse um verso Teria que ter uma poesia para nadar Uma frase para rimar Um texto, um mar pra navegar Se eu fosse um verso Podia rimar com várias poesias Uma nova todos os dias Se eu fosse um verso Só, apenas, um simples verso Monossilábico, mesmo do inverso Seria a só a palavra Que a poesia do verso Quisesse Que fosse Se eu fosse um verso seria um pássaro Que faz das frases ramos E das poesias enganos Se eu fosse um verso Seria eu verso Mesmo do inverso Seria meu E nenhuma poesia reclamaria É meu Mas era se fosse um verso Como não sou verso nem do inverso Sou apenas o inverso do verso Sou o reverso Foto: Rodinhas1. - Ed Ferreira ( olhares.aeiou.pt )

ESSA ESTANTE DE ENCANTOS

Entre ir e vir Da minha estante de encantos Não sei… Talvez quisesse despir-te a alma Duplicar-te com os olhos Olhar-te deliciado com o pensamento Beber esse néctar ao relento Talvez pensasse no teu perfume Colhido no alvor da manhã Talvez fumegasse em mim um castiçal de lume E me apetecesse subir ao cume E gritar baixinho… Olho-te a todo o instante Vejo-te bailarina nos meus dedos Confidente dos meus segredos Talvez eu esteja aí Despido de nudez à tua cabeceira Explorando com os olhos A colina e a ladeira Talvez entre ir e vir Fossem precisos dias e noites duplicados Invernos secos e Verões molhados Primaveras sem flores e Outonos em Maio E mesmo assim talvez Não chegasse outra vida Para te conhecer outra vez Foto: s/t - José Lopes ( olhares.aeiou.pt )