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A ALMA DE UM HOMEM NA SUA CALMA


Num lugar verde entre as colinas
Num pequeno vale isolado e silencioso
Que agora floresce profusamente
Ecoa um homem são, guloso e duro
Banhado pela névoa, é fresco e delicado
Como trigal de inverno e linho não maduro

Um homem humilde que nos seus anos juvenis
Sabia tanto de loucura como a que tinha feito
A sua primeira masculinidade exercera
Ficara esse amor perdido marcado no seu peito
E do sol, e do ar com brisa
As influências doces tremem por entre a sua camisa

A sua alma na calma sente a necessidade de sentir...

Este caminho ou aquele caminho por cima dessas colinas
A invasão, o trovão e as raivas felinas
E todo o choque de ataque calado
E conflito indeterminado - agora dito
Por acaso e na sua ilha nativa
Carne e gemidos ecoam debaixo deste sol abençoado


Foto: Alentejo verdejante... - jorge filipe pires (olhares.aeiou.pt)

Comentários

Ai e Tal... disse…
Sentir de roupa despida, com a natureza como terceira companhia, parece-me mais do que agradável... Parece-me viciante...!!!

***MUAH***

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AUREA- I Didn't Mean It (Lyrics)

VERSO E REVERSO

Se eu fosse um verso Seria com certeza um verso do inverso Escrito de trás prá frente Ou visto á lupa e á lente Se eu fosse um verso Teria que ter uma poesia para nadar Uma frase para rimar Um texto, um mar pra navegar Se eu fosse um verso Podia rimar com várias poesias Uma nova todos os dias Se eu fosse um verso Só, apenas, um simples verso Monossilábico, mesmo do inverso Seria a só a palavra Que a poesia do verso Quisesse Que fosse Se eu fosse um verso seria um pássaro Que faz das frases ramos E das poesias enganos Se eu fosse um verso Seria eu verso Mesmo do inverso Seria meu E nenhuma poesia reclamaria É meu Mas era se fosse um verso Como não sou verso nem do inverso Sou apenas o inverso do verso Sou o reverso Foto: Rodinhas1. - Ed Ferreira ( olhares.aeiou.pt )

ESSA ESTANTE DE ENCANTOS

Entre ir e vir Da minha estante de encantos Não sei… Talvez quisesse despir-te a alma Duplicar-te com os olhos Olhar-te deliciado com o pensamento Beber esse néctar ao relento Talvez pensasse no teu perfume Colhido no alvor da manhã Talvez fumegasse em mim um castiçal de lume E me apetecesse subir ao cume E gritar baixinho… Olho-te a todo o instante Vejo-te bailarina nos meus dedos Confidente dos meus segredos Talvez eu esteja aí Despido de nudez à tua cabeceira Explorando com os olhos A colina e a ladeira Talvez entre ir e vir Fossem precisos dias e noites duplicados Invernos secos e Verões molhados Primaveras sem flores e Outonos em Maio E mesmo assim talvez Não chegasse outra vida Para te conhecer outra vez Foto: s/t - José Lopes ( olhares.aeiou.pt )