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VAGUEIO SOLITÁRIO NO COLO DA TUA NUVEM


Vagueio solitário no colo da tua nuvem
Por cima de vales e colinas
Sou teu anfitrião à sombra daquele calor
Junto do lago da tua humidade
Esvoaço e danço nas tuas brisas felinas
Como a mentira pela verdade
Cintilam as estrelas em sua via
Entendem-se em céus intermináveis
Ao longo das margens da tua baía
As ondas junto de ti se enrolam
Ondas brilhantes de alegria
Um poeta não poderia ser mais alegre
Em tão bela companhia
Muitas vezes, quando no meu divã estou
Em vago ou pensativo humor
Elas brilham sobre aquele olho interno
Que é a felicidade da solidão
De um pensamento encharcado em dor
E o meu coração se preenche
Na palma suave da tua mão.


Foto: Céus do Alentejo... 100 FOTO - Jacinto Policarpo (olhares.aeiou.pt)

Comentários

Ai e Tal... disse…
"Um poeta não poderia ser mais alegre
Em tão bela companhia´"

Só verdadeiro poeta entende o valor duma companhia querida!

***MUAH***
Anónimo disse…
Os poemas são realmente lindos e realmente viciantes...já se tornou um hábito passar por aqui, muito embora não os comente, comento-os para mim mesma...fazem-me pensar.
continue assim

bjs embm

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AUREA- I Didn't Mean It (Lyrics)

VERSO E REVERSO

Se eu fosse um verso Seria com certeza um verso do inverso Escrito de trás prá frente Ou visto á lupa e á lente Se eu fosse um verso Teria que ter uma poesia para nadar Uma frase para rimar Um texto, um mar pra navegar Se eu fosse um verso Podia rimar com várias poesias Uma nova todos os dias Se eu fosse um verso Só, apenas, um simples verso Monossilábico, mesmo do inverso Seria a só a palavra Que a poesia do verso Quisesse Que fosse Se eu fosse um verso seria um pássaro Que faz das frases ramos E das poesias enganos Se eu fosse um verso Seria eu verso Mesmo do inverso Seria meu E nenhuma poesia reclamaria É meu Mas era se fosse um verso Como não sou verso nem do inverso Sou apenas o inverso do verso Sou o reverso Foto: Rodinhas1. - Ed Ferreira ( olhares.aeiou.pt )

ESSA ESTANTE DE ENCANTOS

Entre ir e vir Da minha estante de encantos Não sei… Talvez quisesse despir-te a alma Duplicar-te com os olhos Olhar-te deliciado com o pensamento Beber esse néctar ao relento Talvez pensasse no teu perfume Colhido no alvor da manhã Talvez fumegasse em mim um castiçal de lume E me apetecesse subir ao cume E gritar baixinho… Olho-te a todo o instante Vejo-te bailarina nos meus dedos Confidente dos meus segredos Talvez eu esteja aí Despido de nudez à tua cabeceira Explorando com os olhos A colina e a ladeira Talvez entre ir e vir Fossem precisos dias e noites duplicados Invernos secos e Verões molhados Primaveras sem flores e Outonos em Maio E mesmo assim talvez Não chegasse outra vida Para te conhecer outra vez Foto: s/t - José Lopes ( olhares.aeiou.pt )