Sua majestade
Passou um dia os seus olhos pelos súbditos
E do alto dos seus olhos
Olhou-te sem te olhar
Porque tu não és um tu
És apenas e só o suave fulgor de um habitar
Um sonho inicial
Um olho verde em tom floral amendoal
Sua majestade exigiu respeito e deferência
Com os olhos e o pescoço
Uma breve reverência
Porque tu não és um tu
Mas apenas um esboço
Um pedaço de carne em cima de um osso
Sua majestade
Adivinhou a jogada
Viu a festa na corte
Viu-te vestir por engano
Em vez da pele de lobo
Os guizos de bobo
Sua majestade
Mandou-te que sonhasses
Mas majestade à parte
Não viu que chorasses
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