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Embaraço

Há uma criatura que se embaraça
Os cabelos na minha poesia
Que a torna mais quente que fria
Uma figura solar de hálito suave
De voz doce e grave
Uma figura solar que flutua
Longínqua como a lua em pleno dia
Há uma figura que se enleia
Nas minhas sílabas
Que as faz tremer de anomalia
Uma figura lunar de voz grave
De voz doce e hálito suave
Uma figura lunar que se deita
Quando o dia ainda espreita
Há uma multidão no meu espaço
Onde me perco e embaraço
E procuro o meu estratagema
E é nesse embaraço
Que este poema
É todo o Sol do espaço

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MIA ROSE - QUALQUER COISA

Natal das ideias

Era já Natal nas ideias Mas inverno nas cabeças Carecas, pouco cheias Era bonita a festa Luminosa O Natal das pessoas Ou o que delas resta Há pouco para querer E muito Natal para poder Ser Natal E gritar bem alto o refrão Natal não é hoje Como todos os dias é verão * Foto João Carvalho ( http://saltapocinha.wordpress.com/)

Da tua boca o meu poema (Fado)

Quando um dia me cansar de cantar Os versos que em tua luz me iluminaram Hei-de cantar com toda força As frases e as vozes que na vida me falaram Hei-de cantar com toda força As frases e as vozes que na vida me falaram Calei-me tantas vezes perante a vida Que ela me julgou um malfadado Foram só os versos que me fizeram Senhor e pobre escravo do fado Foram só os versos que me fizeram Senhor e pobre escravo do fado Fiz das rimas a minha canção De ser tua inspiração o meu lema Fiz dos teus olhos a inspiração Da tua boca o meu poema Fiz dos teus olhos a inspiração Da tua boca o meu poema Agora quando canto, canto fado Canto os teus olhos e a tua boca Mesmo que o oiças mal cantado È verdade o que ouves, não estás louca Mesmo que o oiças mal cantado È verdade o que ouves, não estás louca