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NÃO ME PERGUNTEM NADA...

As horas, como todas as coisas mundanas

Têm uma hora em que acabam

Em que fechamos a porta e guardamos a chave

Apagamos a lâmpada

Num gesto suave

E confiamos na sorte que engana

Desisto de qualquer direito

A uma casa que não é minha

Aos vizinhos que não tenho

Da solução da adivinha

Não perguntem o que levo ou deixo

Ou mesmo se me treme o queixo

Não interessa, ora essa

Perguntem apenas se o caminho é largo

Ou estreito

Não me perguntem o que levo na mão

Ou se levo algo

Se vou pela sombra ou pelo sol

Perguntem apenas o que levo no coração

Ou se sigo o canto do rouxinol

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Era já Natal nas ideias Mas inverno nas cabeças Carecas, pouco cheias Era bonita a festa Luminosa O Natal das pessoas Ou o que delas resta Há pouco para querer E muito Natal para poder Ser Natal E gritar bem alto o refrão Natal não é hoje Como todos os dias é verão * Foto João Carvalho ( http://saltapocinha.wordpress.com/)

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Quando um dia me cansar de cantar Os versos que em tua luz me iluminaram Hei-de cantar com toda força As frases e as vozes que na vida me falaram Hei-de cantar com toda força As frases e as vozes que na vida me falaram Calei-me tantas vezes perante a vida Que ela me julgou um malfadado Foram só os versos que me fizeram Senhor e pobre escravo do fado Foram só os versos que me fizeram Senhor e pobre escravo do fado Fiz das rimas a minha canção De ser tua inspiração o meu lema Fiz dos teus olhos a inspiração Da tua boca o meu poema Fiz dos teus olhos a inspiração Da tua boca o meu poema Agora quando canto, canto fado Canto os teus olhos e a tua boca Mesmo que o oiças mal cantado È verdade o que ouves, não estás louca Mesmo que o oiças mal cantado È verdade o que ouves, não estás louca