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Não sei de cor nenhum poema

Era natural que tivesse nascido
Ensinaram-me coisas e aprendo
Fiz o que todos fazem mas não contam
O resto aprendi lendo
Cuidei de outros e ainda cuido
Ainda que de mim descuido
Depois dos dezoito queria anos pequenos
Sem Natal
Demorar mais tempo
Não fazia nenhum mal
Plantei árvores e escrevi livros
Das árvores que plantei
Escrevi música mas não gravei
Estive em muitos sítios
Em Paris chovia
Em Varsóvia arrefecia
Em Tóquio embaciava
Em Durban vi Pessoa
Tal como em Lisboa
E sempre no mesmo passo
Sempre que posso volto
Escrever é o meu tema
Mas não sei de cor nenhum poema

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Natal das ideias

Era já Natal nas ideias Mas inverno nas cabeças Carecas, pouco cheias Era bonita a festa Luminosa O Natal das pessoas Ou o que delas resta Há pouco para querer E muito Natal para poder Ser Natal E gritar bem alto o refrão Natal não é hoje Como todos os dias é verão * Foto João Carvalho ( http://saltapocinha.wordpress.com/)

Da tua boca o meu poema (Fado)

Quando um dia me cansar de cantar Os versos que em tua luz me iluminaram Hei-de cantar com toda força As frases e as vozes que na vida me falaram Hei-de cantar com toda força As frases e as vozes que na vida me falaram Calei-me tantas vezes perante a vida Que ela me julgou um malfadado Foram só os versos que me fizeram Senhor e pobre escravo do fado Foram só os versos que me fizeram Senhor e pobre escravo do fado Fiz das rimas a minha canção De ser tua inspiração o meu lema Fiz dos teus olhos a inspiração Da tua boca o meu poema Fiz dos teus olhos a inspiração Da tua boca o meu poema Agora quando canto, canto fado Canto os teus olhos e a tua boca Mesmo que o oiças mal cantado È verdade o que ouves, não estás louca Mesmo que o oiças mal cantado È verdade o que ouves, não estás louca