Avançar para o conteúdo principal

DESTILAÇÃO (de um dia vazio)

Hoje passo por aqui

A destilar com o fígado a monotonia

Das coisas monótonas

E a vulgaridade de quem se sente vaidoso

E na verdade não é

Imbecil o que se senta e nem olha à volta

Apologista falso do pudor

De ver até uma árvore nua

E sentir dela posse como se fosse sua

Dá-me ranço a vulgaridade dos corpos

E a falta de capacidade de cálculo

Do diâmetro da existência

Aflige-me que depois de tantas lições

E tantos jardins

E tantas lágrimas

E tantos poemas

Coloquemos flores no lamento

Mas deixemos as costas

Bem direitas

Na parede de fuzilamento

Hoje passo mas não fico

Porque não me deixa o vício do fígado

Comentários

Mensagens populares deste blogue

MIA ROSE - QUALQUER COISA

Da tua boca o meu poema (Fado)

Quando um dia me cansar de cantar Os versos que em tua luz me iluminaram Hei-de cantar com toda força As frases e as vozes que na vida me falaram Hei-de cantar com toda força As frases e as vozes que na vida me falaram Calei-me tantas vezes perante a vida Que ela me julgou um malfadado Foram só os versos que me fizeram Senhor e pobre escravo do fado Foram só os versos que me fizeram Senhor e pobre escravo do fado Fiz das rimas a minha canção De ser tua inspiração o meu lema Fiz dos teus olhos a inspiração Da tua boca o meu poema Fiz dos teus olhos a inspiração Da tua boca o meu poema Agora quando canto, canto fado Canto os teus olhos e a tua boca Mesmo que o oiças mal cantado È verdade o que ouves, não estás louca Mesmo que o oiças mal cantado È verdade o que ouves, não estás louca

Natal das ideias

Era já Natal nas ideias Mas inverno nas cabeças Carecas, pouco cheias Era bonita a festa Luminosa O Natal das pessoas Ou o que delas resta Há pouco para querer E muito Natal para poder Ser Natal E gritar bem alto o refrão Natal não é hoje Como todos os dias é verão * Foto João Carvalho ( http://saltapocinha.wordpress.com/)