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DUELO AO SOL

Perenemente escritas no livro do tempo
Namoram, casam e morrem em movimentos colectivos
Palavras escritas em dueto
Na água e no azeite das folhas de um livro
Dualismo que se mistura e se conjuga
Se transforma em pluralismo aditivo
Estilos marcados pela diferença
Líquido, sangue vital da mesma crença
Em comunhão secreta com a mesma paixão
Separados os mundos mas unidos os sóis e as luas
Paixão levemente traçada pelo dedo de quem as escreve
Ou pelos olhos e os sentidos de quem as bebe
Soltam-se os estilos, soltam-se as diferenças
Em páginas virgens, cruas
Mas é nas semelhanças que se encontram em harmonia
E nas diferenças que escrevem um novo dia

Raul Cordeiro e Renata Correia

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MIA ROSE - QUALQUER COISA

Natal das ideias

Era já Natal nas ideias Mas inverno nas cabeças Carecas, pouco cheias Era bonita a festa Luminosa O Natal das pessoas Ou o que delas resta Há pouco para querer E muito Natal para poder Ser Natal E gritar bem alto o refrão Natal não é hoje Como todos os dias é verão * Foto João Carvalho ( http://saltapocinha.wordpress.com/)

Da tua boca o meu poema (Fado)

Quando um dia me cansar de cantar Os versos que em tua luz me iluminaram Hei-de cantar com toda força As frases e as vozes que na vida me falaram Hei-de cantar com toda força As frases e as vozes que na vida me falaram Calei-me tantas vezes perante a vida Que ela me julgou um malfadado Foram só os versos que me fizeram Senhor e pobre escravo do fado Foram só os versos que me fizeram Senhor e pobre escravo do fado Fiz das rimas a minha canção De ser tua inspiração o meu lema Fiz dos teus olhos a inspiração Da tua boca o meu poema Fiz dos teus olhos a inspiração Da tua boca o meu poema Agora quando canto, canto fado Canto os teus olhos e a tua boca Mesmo que o oiças mal cantado È verdade o que ouves, não estás louca Mesmo que o oiças mal cantado È verdade o que ouves, não estás louca