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POR ACASO OLHEI CÉUS VERMELHOS EM MENINO


Penteei o cabelo e olhei o céu

Nuvem branca de neve entre os arraiais

Sedentária, sexual, cigana

Absorvendo os meus sinais

Será aquele reflexo o meu?

Cresci indígena entre trigais

Por acaso olhei céus vermelhos em menino

Dancei e corri arraiais

Mas quis a graça

E quis a vida que passa

Que escrever para ti

Fosse meu rubro destino

Por acaso, mas só por acaso

Não tenho medo

Que um amor semente, flor e fruto

Deixe um dia de ser um segredo

Foto: Girl with bikini... - Ludgero Alexandre N. Ribeiro (olhares.aeiou.pt)

Comentários

TERE disse…
Basta que se transforme em flor rubra e sublime para não merecer ficar em segredo...
Cigana sedentária?!!!Na fantasia, em contradição poética ou mesmo cigana que já não anda em frenesim de um lado para o outro...Li, gostei e da imagem tb.

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VERSO E REVERSO

Se eu fosse um verso Seria com certeza um verso do inverso Escrito de trás prá frente Ou visto á lupa e á lente Se eu fosse um verso Teria que ter uma poesia para nadar Uma frase para rimar Um texto, um mar pra navegar Se eu fosse um verso Podia rimar com várias poesias Uma nova todos os dias Se eu fosse um verso Só, apenas, um simples verso Monossilábico, mesmo do inverso Seria a só a palavra Que a poesia do verso Quisesse Que fosse Se eu fosse um verso seria um pássaro Que faz das frases ramos E das poesias enganos Se eu fosse um verso Seria eu verso Mesmo do inverso Seria meu E nenhuma poesia reclamaria É meu Mas era se fosse um verso Como não sou verso nem do inverso Sou apenas o inverso do verso Sou o reverso Foto: Rodinhas1. - Ed Ferreira ( olhares.aeiou.pt )

ESSA ESTANTE DE ENCANTOS

Entre ir e vir Da minha estante de encantos Não sei… Talvez quisesse despir-te a alma Duplicar-te com os olhos Olhar-te deliciado com o pensamento Beber esse néctar ao relento Talvez pensasse no teu perfume Colhido no alvor da manhã Talvez fumegasse em mim um castiçal de lume E me apetecesse subir ao cume E gritar baixinho… Olho-te a todo o instante Vejo-te bailarina nos meus dedos Confidente dos meus segredos Talvez eu esteja aí Despido de nudez à tua cabeceira Explorando com os olhos A colina e a ladeira Talvez entre ir e vir Fossem precisos dias e noites duplicados Invernos secos e Verões molhados Primaveras sem flores e Outonos em Maio E mesmo assim talvez Não chegasse outra vida Para te conhecer outra vez Foto: s/t - José Lopes ( olhares.aeiou.pt )