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MÁQUINA DO MUNDO


Será no fim do fim do século

Que esse amor verá luzes, estrelas e cometas

Quando do tempo não houver memórias ou sombra

E não puderes brandir a baioneta

Mesmo que o tempo acabe

Não acabará a história

E na traição da memória

Serás cinza, brasa e lume

Em profundo silêncio o teu ciúme

Vazia a moldura, ausente o lugar

E uma ligeira névoa sobre a memória e a história

Será só no fim do fim do século

Que virão as cores

Misturar os teus amores

Porque tais coisas não foram feitas para os teus dias

E…

Mesmo que olhes o céu e sorrias

Vale a pena esperar

Se não esperares pelo fim do fim do século

Será esse amor filho trémulo

De um amor fraco da máquina do mundo

Mais superficial que profundo

Foto: Máquina do tempo - Marcelino Teles (olhares.aeiou.pt)

Comentários

Cris Animal disse…
Oi Raul, entrou silenciosamente no meu blog....rs
Obrigada pela visita. Estou seguindo seus rastros a partir de agora....rs
rastros desse país lindo que é minha segunda pátria.
Como estou em viagem neste mes de janeiro, estarei mais perto d0o blog dos meus amigos após me retorno.
Um ano novo lindo pra vc e toda sua família.
Beijo...........Cris Animal

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AUREA- I Didn't Mean It (Lyrics)

VERSO E REVERSO

Se eu fosse um verso Seria com certeza um verso do inverso Escrito de trás prá frente Ou visto á lupa e á lente Se eu fosse um verso Teria que ter uma poesia para nadar Uma frase para rimar Um texto, um mar pra navegar Se eu fosse um verso Podia rimar com várias poesias Uma nova todos os dias Se eu fosse um verso Só, apenas, um simples verso Monossilábico, mesmo do inverso Seria a só a palavra Que a poesia do verso Quisesse Que fosse Se eu fosse um verso seria um pássaro Que faz das frases ramos E das poesias enganos Se eu fosse um verso Seria eu verso Mesmo do inverso Seria meu E nenhuma poesia reclamaria É meu Mas era se fosse um verso Como não sou verso nem do inverso Sou apenas o inverso do verso Sou o reverso Foto: Rodinhas1. - Ed Ferreira ( olhares.aeiou.pt )

ESSA ESTANTE DE ENCANTOS

Entre ir e vir Da minha estante de encantos Não sei… Talvez quisesse despir-te a alma Duplicar-te com os olhos Olhar-te deliciado com o pensamento Beber esse néctar ao relento Talvez pensasse no teu perfume Colhido no alvor da manhã Talvez fumegasse em mim um castiçal de lume E me apetecesse subir ao cume E gritar baixinho… Olho-te a todo o instante Vejo-te bailarina nos meus dedos Confidente dos meus segredos Talvez eu esteja aí Despido de nudez à tua cabeceira Explorando com os olhos A colina e a ladeira Talvez entre ir e vir Fossem precisos dias e noites duplicados Invernos secos e Verões molhados Primaveras sem flores e Outonos em Maio E mesmo assim talvez Não chegasse outra vida Para te conhecer outra vez Foto: s/t - José Lopes ( olhares.aeiou.pt )