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FRUTAS E ESTRADAS


Haverá nas estradas que visitamos

Verdades e certezas absolutas

Certezas e sinais sobre o código

Sobre as pessoas todas iguais

Dispostas certinhas em bancadas de frutas

Será alto o marotear

Quando os sinais nos enganam

E as estradas findam seu passo

Será mentira a verdade

Ou vencerá o cansaço

Degraus altos têm estas estradas da vida

Assomam quando muda a realidade

Quando sentimos

Que as nossas mãos se aproximam dos joelhos

Quando a hora da estrada não é a nossa

Ou quando se parte o sinal do espelho

Ficamos cegos ao pôr-do-sol

Foto: Frutas II - Raul Cordeiro (olhares.aeiou.pt)

Comentários

TERE disse…
Fruta
muita vitamina
nesta invernia nevoeirenta
em que o sol bem escondido
nos deixa cegos mesmo sem vidros partidos!!!

Abraço
Anónimo disse…
A VIDA DAS PALAVRAS,Blog de Raul Alberto Cardoso, que feliz momento conhecer este espaço cultural, onde vou pedir licença ao senhor para tecer uns versos com este nome de seu Blog, pois nada me poderia ser tão inspirado nesta noite que vai tomando corpo ao universo, num céu de pirilampos faiscando de ponta a ponta. meus cumprimentos pelo seu espaço cultural, somente tenho elogios a sua iniciativa, com admiração,
Efigênia Coutinho
Presidente Fundadora
Academia Virtual Sala de Poetas e Escritores
www.avspe.eti.br/

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AUREA- I Didn't Mean It (Lyrics)

VERSO E REVERSO

Se eu fosse um verso Seria com certeza um verso do inverso Escrito de trás prá frente Ou visto á lupa e á lente Se eu fosse um verso Teria que ter uma poesia para nadar Uma frase para rimar Um texto, um mar pra navegar Se eu fosse um verso Podia rimar com várias poesias Uma nova todos os dias Se eu fosse um verso Só, apenas, um simples verso Monossilábico, mesmo do inverso Seria a só a palavra Que a poesia do verso Quisesse Que fosse Se eu fosse um verso seria um pássaro Que faz das frases ramos E das poesias enganos Se eu fosse um verso Seria eu verso Mesmo do inverso Seria meu E nenhuma poesia reclamaria É meu Mas era se fosse um verso Como não sou verso nem do inverso Sou apenas o inverso do verso Sou o reverso Foto: Rodinhas1. - Ed Ferreira ( olhares.aeiou.pt )

ESSA ESTANTE DE ENCANTOS

Entre ir e vir Da minha estante de encantos Não sei… Talvez quisesse despir-te a alma Duplicar-te com os olhos Olhar-te deliciado com o pensamento Beber esse néctar ao relento Talvez pensasse no teu perfume Colhido no alvor da manhã Talvez fumegasse em mim um castiçal de lume E me apetecesse subir ao cume E gritar baixinho… Olho-te a todo o instante Vejo-te bailarina nos meus dedos Confidente dos meus segredos Talvez eu esteja aí Despido de nudez à tua cabeceira Explorando com os olhos A colina e a ladeira Talvez entre ir e vir Fossem precisos dias e noites duplicados Invernos secos e Verões molhados Primaveras sem flores e Outonos em Maio E mesmo assim talvez Não chegasse outra vida Para te conhecer outra vez Foto: s/t - José Lopes ( olhares.aeiou.pt )