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O TEU BANCO DE JARDIM


Estará por aí à mão o banco de jardim
Onde está?
Que não aparece nas imagens
Onde está quando preciso?
Descansar das minhas viagens
Podes ao menos mostrar-me 
A sombra que faz a árvore
Ou o rio dessas paisagens
Há pedras no caminho?
Há espinhos nas roseiras?
Magoarei os pés se caminhar sózinho?
Permite esse quintal brincadeiras?
Sabes disso ou apenas esperas descanso?
E que o sentido oculto das coisas
Te dê esse sono manso?
Mudas as paredes e os quadros?
Mudas apenas o corpo?
Deixas ficar os braços  e os ouvidos
Ansiosos por um piropo?
Muda os quadros e as paredes
Muda o corpo e a alma
Muda o jardim e a roseira
Muda o tudo e o nada
Esse capim e esse aroma
Mas deixa o banco e a floreira
Deixa a árvore e a sombra


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AUREA- I Didn't Mean It (Lyrics)

VERSO E REVERSO

Se eu fosse um verso Seria com certeza um verso do inverso Escrito de trás prá frente Ou visto á lupa e á lente Se eu fosse um verso Teria que ter uma poesia para nadar Uma frase para rimar Um texto, um mar pra navegar Se eu fosse um verso Podia rimar com várias poesias Uma nova todos os dias Se eu fosse um verso Só, apenas, um simples verso Monossilábico, mesmo do inverso Seria a só a palavra Que a poesia do verso Quisesse Que fosse Se eu fosse um verso seria um pássaro Que faz das frases ramos E das poesias enganos Se eu fosse um verso Seria eu verso Mesmo do inverso Seria meu E nenhuma poesia reclamaria É meu Mas era se fosse um verso Como não sou verso nem do inverso Sou apenas o inverso do verso Sou o reverso Foto: Rodinhas1. - Ed Ferreira ( olhares.aeiou.pt )

ESSA ESTANTE DE ENCANTOS

Entre ir e vir Da minha estante de encantos Não sei… Talvez quisesse despir-te a alma Duplicar-te com os olhos Olhar-te deliciado com o pensamento Beber esse néctar ao relento Talvez pensasse no teu perfume Colhido no alvor da manhã Talvez fumegasse em mim um castiçal de lume E me apetecesse subir ao cume E gritar baixinho… Olho-te a todo o instante Vejo-te bailarina nos meus dedos Confidente dos meus segredos Talvez eu esteja aí Despido de nudez à tua cabeceira Explorando com os olhos A colina e a ladeira Talvez entre ir e vir Fossem precisos dias e noites duplicados Invernos secos e Verões molhados Primaveras sem flores e Outonos em Maio E mesmo assim talvez Não chegasse outra vida Para te conhecer outra vez Foto: s/t - José Lopes ( olhares.aeiou.pt )