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TALVEZ


Talvez não…

Talvez nunca tenha estado sozinho

E haja nalgum lugar um coração que sangra como o meu

Uma alma que sente o mesmo que eu

Olhos como os meus

Que vertem água de mansinho


Talvez sim…

Talvez haja por aí alguém como eu

Com o mesmo desejo de caminhar

Com o passo mais largo que o mundo

Que queira gritar as palavras que não são ouvidas

Que rasgue o silêncio profundo


Talvez…

Seja só uma passagem de margem

Uma solidão que não quer estar sozinha

Que queira gritar ao vento

Os gritos ensurdecidos do eco

Que quebre as conchas do mar

E goze o sorriso ao caminhar

Foto: Quorum Ballet*Daniel Cardoso - Nuno Abreu (olhares.aeiou.pt)

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