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SILÊNCIO, NASCEU UM POEMA



Há silêncio, excepto no poema

Pairam rimas na minha mente

Posso gritar a toda a gente

Mas começa novamente

Posso saltar das palavras para as linhas

Ou das linhas para as ideias

E durante algum tempo monto a linha

Como monto a minha safra

Como calço as minhas meias

E nasce um poema que quebra a cor

Colorida da palavra

Bits de som e não muita forma

E repentinamente estou em lágrimas

Por ter quebrado a norma

Tenho de olhar para longe e esperar

Finalmente há silêncio

Silêncio voluptuoso

Excepto no poema vagaroso

Foto: Silêncio em S. Jacinto - Paulo Coelho (olhares.aeiou.pt)

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VERSO E REVERSO

Se eu fosse um verso Seria com certeza um verso do inverso Escrito de trás prá frente Ou visto á lupa e á lente Se eu fosse um verso Teria que ter uma poesia para nadar Uma frase para rimar Um texto, um mar pra navegar Se eu fosse um verso Podia rimar com várias poesias Uma nova todos os dias Se eu fosse um verso Só, apenas, um simples verso Monossilábico, mesmo do inverso Seria a só a palavra Que a poesia do verso Quisesse Que fosse Se eu fosse um verso seria um pássaro Que faz das frases ramos E das poesias enganos Se eu fosse um verso Seria eu verso Mesmo do inverso Seria meu E nenhuma poesia reclamaria É meu Mas era se fosse um verso Como não sou verso nem do inverso Sou apenas o inverso do verso Sou o reverso Foto: Rodinhas1. - Ed Ferreira ( olhares.aeiou.pt )

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