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CANTOR DA VIDA


Esta arte de cantar português
Vem célere na espuma do mar
Vem da alma de um marinheiro andejo
Escrita melodia de espuma em tuas praias
Rima de uma vida de poeta de mim
Que em seus versos ensaia um solfejo
Esta arte de dizer por palavras soltas
Toda a vida num breve instante
É vício de escrita e vício falante
De deixar nos papiros desta vida
As suas voltas e reviravoltas
Esta arte de escrever
Imagens de uma vida feita de pressas
De cumprir em seus versos
Algumas das suas promessas
Fazem do poeta um cantor de cantigas
De ouvidos e vozes amigas
Fazem de sua escrita de verdades
Arauto das boas vontades
Esta arte de ser assim cantor da vida
Numa canção sem medida

Foto: ...azul...Bruno Abreu (olhares.aeiou.pt)

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AUREA- I Didn't Mean It (Lyrics)

VERSO E REVERSO

Se eu fosse um verso Seria com certeza um verso do inverso Escrito de trás prá frente Ou visto á lupa e á lente Se eu fosse um verso Teria que ter uma poesia para nadar Uma frase para rimar Um texto, um mar pra navegar Se eu fosse um verso Podia rimar com várias poesias Uma nova todos os dias Se eu fosse um verso Só, apenas, um simples verso Monossilábico, mesmo do inverso Seria a só a palavra Que a poesia do verso Quisesse Que fosse Se eu fosse um verso seria um pássaro Que faz das frases ramos E das poesias enganos Se eu fosse um verso Seria eu verso Mesmo do inverso Seria meu E nenhuma poesia reclamaria É meu Mas era se fosse um verso Como não sou verso nem do inverso Sou apenas o inverso do verso Sou o reverso Foto: Rodinhas1. - Ed Ferreira ( olhares.aeiou.pt )

ESSA ESTANTE DE ENCANTOS

Entre ir e vir Da minha estante de encantos Não sei… Talvez quisesse despir-te a alma Duplicar-te com os olhos Olhar-te deliciado com o pensamento Beber esse néctar ao relento Talvez pensasse no teu perfume Colhido no alvor da manhã Talvez fumegasse em mim um castiçal de lume E me apetecesse subir ao cume E gritar baixinho… Olho-te a todo o instante Vejo-te bailarina nos meus dedos Confidente dos meus segredos Talvez eu esteja aí Despido de nudez à tua cabeceira Explorando com os olhos A colina e a ladeira Talvez entre ir e vir Fossem precisos dias e noites duplicados Invernos secos e Verões molhados Primaveras sem flores e Outonos em Maio E mesmo assim talvez Não chegasse outra vida Para te conhecer outra vez Foto: s/t - José Lopes ( olhares.aeiou.pt )