Avançar para o conteúdo principal

ELEGIA DA ÁRVORE DE OUTONO (ou UM AMOR POR FLORESCER)



Através das árvores nuas
Vês o céu fatigado
Apontando coisas que nunca vais conseguir
Se não estiveres aconchegada
Bem pertinho ao meu lado
Olhas o crescer acontecer
Num vai e vem de primaveras
Vês as flores nascer e morrer
Num furacão de quimeras
Olhas e sentes como pode o amor acontecer
Vês a sombra seguir os passos do Sol
Os pássaros rasgam-se em sementes sem vontade
Procuras na minha sombra a verdade
E à beira da árvore nua
Procuro a tranquilidade da tua
Uma árvore é uma lente, um visor, uma janela
De um futuro por amanhecer
Aguardo sereno a mensagem
Á tua beira me eternizo na espera
De um amor por florescer.

Foto: l'arbre - honey (olhares.aeiou.pt)

Comentários

Mensagens populares deste blogue

MIA ROSE - QUALQUER COISA

Natal das ideias

Era já Natal nas ideias Mas inverno nas cabeças Carecas, pouco cheias Era bonita a festa Luminosa O Natal das pessoas Ou o que delas resta Há pouco para querer E muito Natal para poder Ser Natal E gritar bem alto o refrão Natal não é hoje Como todos os dias é verão * Foto João Carvalho ( http://saltapocinha.wordpress.com/)

Da tua boca o meu poema (Fado)

Quando um dia me cansar de cantar Os versos que em tua luz me iluminaram Hei-de cantar com toda força As frases e as vozes que na vida me falaram Hei-de cantar com toda força As frases e as vozes que na vida me falaram Calei-me tantas vezes perante a vida Que ela me julgou um malfadado Foram só os versos que me fizeram Senhor e pobre escravo do fado Foram só os versos que me fizeram Senhor e pobre escravo do fado Fiz das rimas a minha canção De ser tua inspiração o meu lema Fiz dos teus olhos a inspiração Da tua boca o meu poema Fiz dos teus olhos a inspiração Da tua boca o meu poema Agora quando canto, canto fado Canto os teus olhos e a tua boca Mesmo que o oiças mal cantado È verdade o que ouves, não estás louca Mesmo que o oiças mal cantado È verdade o que ouves, não estás louca