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OS TEUS SAPATOS DE CETIM


Vestiste os teus sapatos de cetim
E a blusa carmesim
Do alto do teu pedestal
Da varanda teu quintal
Nem quiseste olhar para mim

Calçaste os sapatos de verniz
E aquela saia petiz
Estavas linda e vaidosa
Passaste e não me viste
Levavas na mão uma rosa

Aos ombros um xaile encarnado
Com um belo e lindo bordado
Vais leve como o vento da rua
Meu olhar fugaz e directo
Só queria ver-te nua

Despida das veste que usas
Tua pele me enternece
Me acalenta a vã esperança
Que um dia ao luar

Te possa convidar para uma dança

Foto: Blossom - Graça Loureiro (olhares.aeiou.pt)

Comentários

Olga disse…
A mulher estava bela com as suas roupas, os seus sapatos...É engraçado como as mulheres se embelezam para os homens e eles só as querem ver nuas!

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VERSO E REVERSO

Se eu fosse um verso Seria com certeza um verso do inverso Escrito de trás prá frente Ou visto á lupa e á lente Se eu fosse um verso Teria que ter uma poesia para nadar Uma frase para rimar Um texto, um mar pra navegar Se eu fosse um verso Podia rimar com várias poesias Uma nova todos os dias Se eu fosse um verso Só, apenas, um simples verso Monossilábico, mesmo do inverso Seria a só a palavra Que a poesia do verso Quisesse Que fosse Se eu fosse um verso seria um pássaro Que faz das frases ramos E das poesias enganos Se eu fosse um verso Seria eu verso Mesmo do inverso Seria meu E nenhuma poesia reclamaria É meu Mas era se fosse um verso Como não sou verso nem do inverso Sou apenas o inverso do verso Sou o reverso Foto: Rodinhas1. - Ed Ferreira ( olhares.aeiou.pt )

ESSA ESTANTE DE ENCANTOS

Entre ir e vir Da minha estante de encantos Não sei… Talvez quisesse despir-te a alma Duplicar-te com os olhos Olhar-te deliciado com o pensamento Beber esse néctar ao relento Talvez pensasse no teu perfume Colhido no alvor da manhã Talvez fumegasse em mim um castiçal de lume E me apetecesse subir ao cume E gritar baixinho… Olho-te a todo o instante Vejo-te bailarina nos meus dedos Confidente dos meus segredos Talvez eu esteja aí Despido de nudez à tua cabeceira Explorando com os olhos A colina e a ladeira Talvez entre ir e vir Fossem precisos dias e noites duplicados Invernos secos e Verões molhados Primaveras sem flores e Outonos em Maio E mesmo assim talvez Não chegasse outra vida Para te conhecer outra vez Foto: s/t - José Lopes ( olhares.aeiou.pt )