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AINDA QUE QUISESSE…



Ainda que quisesse
Não consigo controlar
A vontade de te ver
O desejo de te olhar
Neste presente tão oco
Preenches o meu espaço
Olho em vão para o futuro
Pois este sabe-me a pouco
Sei que é difícil
Impossível de entender
Mas dito de uma forma simples
Não te consigo esquecer
Vejo-te á distância
Custa-me cada momento
Não consigo compreender
Este meu sofrimento
Sei que é loucura
Andar a pensar assim
Lutam os sentimentos
Que tenho dentro de mim
Lutas incessantes
Brigas dentro do ser
Pergunto vezes sem fim
O que me está a acontecer?

Foto: Diagonais - Pedro Moreira (olhares.aeiou.pt)

Comentários

Anónimo disse…
Há palavras que realmente podem tentar retratar o que de mais profundo temos... aquilo que existe por baixo daquela armadura que construimos à volta do nosso coração... com medo que alguém a ultrapasse e nos magoe!!!
Mas a verdade é que há sempre alguém que encontra uma brecha e consegue entra... alguém que não conseguimos esquecer... e no qual os nossos pensamentos e ilusões são construídas!!!

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AUREA- I Didn't Mean It (Lyrics)

VERSO E REVERSO

Se eu fosse um verso Seria com certeza um verso do inverso Escrito de trás prá frente Ou visto á lupa e á lente Se eu fosse um verso Teria que ter uma poesia para nadar Uma frase para rimar Um texto, um mar pra navegar Se eu fosse um verso Podia rimar com várias poesias Uma nova todos os dias Se eu fosse um verso Só, apenas, um simples verso Monossilábico, mesmo do inverso Seria a só a palavra Que a poesia do verso Quisesse Que fosse Se eu fosse um verso seria um pássaro Que faz das frases ramos E das poesias enganos Se eu fosse um verso Seria eu verso Mesmo do inverso Seria meu E nenhuma poesia reclamaria É meu Mas era se fosse um verso Como não sou verso nem do inverso Sou apenas o inverso do verso Sou o reverso Foto: Rodinhas1. - Ed Ferreira ( olhares.aeiou.pt )

ESSA ESTANTE DE ENCANTOS

Entre ir e vir Da minha estante de encantos Não sei… Talvez quisesse despir-te a alma Duplicar-te com os olhos Olhar-te deliciado com o pensamento Beber esse néctar ao relento Talvez pensasse no teu perfume Colhido no alvor da manhã Talvez fumegasse em mim um castiçal de lume E me apetecesse subir ao cume E gritar baixinho… Olho-te a todo o instante Vejo-te bailarina nos meus dedos Confidente dos meus segredos Talvez eu esteja aí Despido de nudez à tua cabeceira Explorando com os olhos A colina e a ladeira Talvez entre ir e vir Fossem precisos dias e noites duplicados Invernos secos e Verões molhados Primaveras sem flores e Outonos em Maio E mesmo assim talvez Não chegasse outra vida Para te conhecer outra vez Foto: s/t - José Lopes ( olhares.aeiou.pt )