É surdo o pastor ao balir do seu rebanho
Manhoso, fugidio, o sobreiro à sua sombra
Renovadas as preces de chuva
Mistério milagre que o Sol assombra
É inconsistente e surdo o noivo às grinaldas
Ou o pombo à águia
Surda de ensurdecer
A papoila a um campo esmeralda
Sou surdo às atoardas
Coloco flores nos canos das espingardas
E rio surdamente
E rio surdamente
É surdo o silêncio da voz de um poeta louco
Que de poeta tem pouco
E ri surdamente a palavra troçada
Ri em surdina na multidão
Em estádio virtual especada
É surdo o meu riso para quem não gosta de mim
É surdo o meu riso
E rio surdamente
Como poeta sou assim
Manhoso, fugidio, o sobreiro à sua sombra
Renovadas as preces de chuva
Mistério milagre que o Sol assombra
É inconsistente e surdo o noivo às grinaldas
Ou o pombo à águia
Surda de ensurdecer
A papoila a um campo esmeralda
Sou surdo às atoardas
Coloco flores nos canos das espingardas
E rio surdamente
E rio surdamente
É surdo o silêncio da voz de um poeta louco
Que de poeta tem pouco
E ri surdamente a palavra troçada
Ri em surdina na multidão
Em estádio virtual especada
É surdo o meu riso para quem não gosta de mim
É surdo o meu riso
E rio surdamente
Como poeta sou assim
Comentários